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[Dia Internacional da Mulher] Conheça 6 petropolitanas que são sinônimo de força e exemplo

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[Dia Internacional da Mulher] Conheça 6 petropolitanas que são sinônimo de força e exemplo

Todas elas responderam a pergunta “o que é ser mulher?” e o resultado foi emocionante

Entre desafios e conquistas, ser mulher é uma experiência plural, marcada por resiliência, sonhos e lutas diárias. Em meio a uma sociedade em transformação, elas se reconhecem, se reinventam e se fortalecem. Neste Dia Internacional da Mulher, diferentes vozes representativas petropolitanas compartilham suas vivências nesta caminhada que, embora repleta de obstáculos, é também de potência e protagonismo.

Fotos: arquivo pessoal

Rayane Carvalho – Empreendedora pioneira de produtos para cabelos afro

Fotos: arquivo pessoal

Rayane Carvalho é a fundadora da BellMax, uma marca que surgiu a partir de sua própria experiência de dificuldade em cuidar dos cabelos afros. Ela aprendeu a cuidar de seus cabelos com sua avó, que a apoiou durante momentos difíceis de bullying na infância.

A empreendedora começou a criar um creme em balde, em casa, com o objetivo de tratar seus próprios fios, e logo passou a cuidar dos cabelos de várias crianças de comunidades, de forma gratuita, passando adiante o empoderamento feminino e ajudando essas meninas a fortalecerem a autoestima e a estarem mais preparadas para enfrentar as adversidades impostas pela sociedade.

Rayane conseguiu formalizar a sua empresa e seus produtos, e atualmente conta com uma indústria para a produção dos cosméticos da BellMax.

Para Rayane, ser mulher é…

“Uma dádiva! Mas, como nem tudo são flores, ser mulher também é responsabilidade. No meu caso, como mulher preta, digo com propriedade que ser mulher é, além disso, resistência, resiliência e constância. Hoje, além da BellMax, tenho um projeto social com meninas lindas, no qual as ensino a se enxergarem, se valorizarem e se amarem como são. Ser mulher, para mim, é ser referência. Ser mulher, hoje, é uma honra!”

Solimar Fidelis – Fundadora do Instituto Beneficente Ampla Visão

Fotos: arquivo pessoal

Solimar Fidelis dos Santos, mais conhecida como “Tia Sol”, é uma petropolitana de 55 anos que vem fazendo a mudança no Duarte da Silveira, bairro onde nasceu em Petrópolis.

Fundadora do Instituto Beneficente Ampla Visão, Sol atua em diversas frentes, levando oportunidade para crianças, jovens e adultos em vulnerabilidade social.

Com a ajuda de doações, Sol realizava festas de Dia das Crianças e Natal na comunidade. Além disso, promove todos os anos o Projeto “Debutantes nas Comunidades”, onde meninas ganham sua sonhada festa de 15 anos, com tudo que há direito.

Para Solimar Fidelis, ser mulher é…

“Ter a capacidade de dançar em meio ao caos, chorar de alegria e saber que sou mil em uma só. Em mim existem diversas profissões, inúmeros personagens que interpreto sem hesitar e mil desejos realizados na vida de alguém. Mesmo diante das adversidades, encontro forças para sorrir e abraçar não apenas meus filhos, mas todos ao meu redor. Mesmo perdendo batalhas, jamais perco a esperança de vencer minhas guerras. Ser mulher é ser, extraordinariamente, uma fênix.”

Priscila Freire – voluntária e vice-presidente da Dog’s Heaven

Fotos: arquivo pessoal

Priscila Freire, de 39 anos, é a vice-presidente da entidade filantrópica Dog’s Heaven, onde desempenha um papel fundamental no cuidado e bem-estar de aproximadamente 300 animais. Com dedicação e amor, ela contribui para a missão da organização, que se dedica à proteção e adoção responsável de cães, buscando proporcionar uma vida melhor a esses animais e promovendo ações sociais para sensibilizar a comunidade sobre a importância da adoção e cuidados responsáveis.

Para Priscila, ser mulher é…

“Ser mulher é batalhar todos os dias, ser criativa e inteligente para viver em um mundo onde muitos ainda duvidam da nossa capacidade. É rir, chorar, ser delicada e firme ao mesmo tempo. É se emocionar, ser forte, séria, profissional e sentimental, tudo isso enquanto realizamos várias tarefas ao mesmo tempo. É ter coragem para encarar as adversidades do dia a dia de cabeça erguida e com um sorriso no rosto. Ser mulher é lutar pelos nossos sonhos e desejos, sem medo de julgamentos. É sair da zona de conforto, abrir mão de várias coisas para se dedicar ao que amamos – no meu caso, os animais”.

Gisela Simas – Fundadora do SOS Serra

Fotos: arquivo pessoal

Criada em uma casa com mais 7 irmãos, Gisela aprendeu desde cedo a dividir, ser altruísta e caridosa. E foi assim também que criou seus três filhos, duas mulheres e um homem, que, para a petropolitana, têm a maior riqueza possível em um ser humano: a preocupação real com o próximo.

Designer de mobiliário, a benfeitora trabalha desde os 16 anos de idade com o que ama e, apesar de seu principal instrumento ser a madeira, ela se interessa por materiais sustentáveis, novas tecnologias e relações humanas.

Para Gisela, ser mulher é…

“Nascer com o dom de cuidar e transformar qualquer dor em amor. E o amor faz toda a diferença na vida das pessoas. Diante disso, seu papel é fundamental para o sucesso de tudo o que é realizado. Se no passado as mulheres tiveram pouco espaço para mostrar seu verdadeiro potencial, hoje, cada vez mais, têm a oportunidade de evidenciar sua importância na sociedade — do micro ao macro. A mulher cuida do seu ninho e do outro, tem um olhar atento para o mundo, percebe detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos. Tem a força de transformar pequenas coisas em grandes conquistas, a delicadeza de colocar flores na janela de casa e, ao mesmo tempo, a determinação de tomar decisões estratégicas para mudar o mundo. Mulher é multitarefa, é luta, esperança, emoção e razão. Mulher é sentimento e poder. Hoje, no SOS SERRA, temos o privilégio de reunir mulheres extraordinárias — lutadoras, comprometidas com o bem de Petrópolis e que, unidas, estão transformando a cidade, mesmo que em pequenas partes. Tenho muito orgulho de ser mulher, de ter duas filhas maravilhosas (assim como meu filho, que também é incrível!), e de ser diretora-presidente de uma associação onde as mulheres desempenham um papel fundamental e se destacam como agentes de impacto social. Que cada mulher tenha consciência do seu valor e sinta orgulho de ser quem é. Porque ser mulher, por si só, já é o nosso maior presente neste Dia da Mulher.”

Daniela Freitas – Fundadora do Projeto Reage Mãe

Fotos: arquivo pessoal

Daniela Freitas Maciel atua no Projeto Reage Mãe, que dá suporte às gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade social em Petrópolis. A iniciativa surgiu após um histórico de violência obstétrica, com óbito, em sua família. Firme e objetiva em ajudar mulheres, Daniela arregaça as mangas e conta com ajuda de parceiros que a vida lhe deu.

Para Daniela ser mulher é…

“É ser uma jornada de força, mesmo quando não se deseja ser forte o tempo todo. O empoderamento é uma mensagem que buscamos transmitir constantemente umas às outras, e isso cansa. Na vulnerabilidade, a luta por autenticidade é sempre evidente. Defender os próprios direitos e os das outras significa enfrentar grandes desafios, mas celebrar conquistas e oferecer apoio mútuo é o que nos fortalece. Afinal, ser mulher é ser múltipla: mãe, filha, amiga, profissional e, acima de tudo, ser você mesma. É abraçar a individualidade e, ao mesmo tempo, encontrar conexão e suporte na comunidade. É enxergar beleza em nós mesmas, em nossos corpos tantas vezes fragmentados, violentados e julgados.”

Jamile Freitas – Fundadora do Projeto Girassóis

Fotos: arquivo pessoal

Diagnosticada com linfoma, tipo de tumor que acomete o sistema linfático, a petropolitana Jamile Freitas passou por experiências desafiadoras e importantes na luta contra a doença. Após o término de seu tratamento, ela deu início ao Projeto Girassóis. A rede de apoio durante o seu tratamento, foi o que fortaleceu Jamile e a motivou a fazer o mesmo por outras pessoas. Procedimentos estéticos como design de sobrancelhas, manicure e até ensaio de fotos, foram presentes que Jamile recebeu de amigas e que para ela fizeram toda a diferença. Hoje, Jamile se dedica ao projeto, cuidando e acolhendo mulheres que passaram pela mesma experiência.

Para Jamile, ser mulher é…

“Sempre tive uma visão grandiosa sobre o que significa ser mulher, mas meu entendimento se ampliou depois de enfrentar o câncer. Eu vi, vivi e compreendi que nós, mulheres, temos o poder de ir além do fundo do poço e, a partir dali, nos reconstruirmos. Comprovo isso todos os dias ao conviver com as mulheres do meu projeto, que, em meio a um momento de dor extrema, quando se veem desfiguradas pela perda do cabelo, dos cílios, das sobrancelhas—da própria identidade—na luta pela vida, demonstram uma valentia, força e coragem indescritíveis. É impossível não definir esse ser como poderoso. Nós somos muito especiais! Porque, além de ressignificarmos nossa história em momentos como esse, temos a grandiosidade de trazer vidas ao mundo, de sermos mães, amigas, companheiras, profissionais, esposas, filhas… Somos completas. Pegamos tudo o que nos é dado, transformamos em joias raras e usamos como degraus para avançarmos ainda mais em nossa trajetória. Se eu pudesse descrever o que é ser mulher em uma palavra, escolheria redenção. Porque a mulher chega ao seu limite e, de lá, ressurge—livre de tudo o que a aprisionava, se libertando, se salvando e mudando sua própria história.”

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