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Dia Nacional dos Animais: 4 espécies raras vistas na Rebio de Araras, em Petrópolis

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Dia Nacional dos Animais: 4 espécies raras vistas na Rebio de Araras, em Petrópolis

Com mais de 3 mil hectares de extensão, dezenas de aves e mamíferos, incluindo a onça-parda, já foram flagrados na área de preservação biológica

Nesta quinta-feira (14), é celebrado o Dia Nacional dos Animais. A data traz a reflexão sobre a importância da preservação de algumas espécies, além de conscientizar a população sobre os maus-tratos, abandono e adoção responsável de animais domésticos.

Importante para o ecossistema, algumas espécies raras e ameaçadas de extinção já foram flagradas na Reserva Biológica Estadual de Araras, administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), uma das maiores áreas de conservação de Petrópolis.

Veja alguns desses animais:

1. Onça-parda (puma concolor) – pouco preocupante de extinção

O animal é o segundo maior felino do Brasil, perdendo apenas para a onça-pintada. Com ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em todos os biomas, a onça-parda corre pouco risco de extinção. Conhecido também como suçuarana, o felino pode ser encontrado em todo o território brasileiro.

Foto: divulgação Rebio Araras

2. Bugio-ruivo (alouatta guariba) – ameaçado de extinção

A espécie de primata do novo mundo habita o leste e sudeste do Brasil. Sua presença na região indica equilíbrio ecológico.

Foto: reprodução ICMCBio

3. Queixada (tayassu pecari) – espécie vulnerável

O Queixada é uma espécie de porco-do-mato encontrada nas Américas Central e do Sul, e está na classificação de animal vulnerável à extinção. A perda de habitat e a caça são consideradas ameaças importantes às queixadas.

Foto: divulgação Rebio Araras

4. Macuco (tinamus solitarius) – espécie quase ameaçada de extinção

O pássaro é o maior representante dos tinamídeos – família de aves que reúne espécies terrestres, na Mata Atlântica. Sua principal ameaça é o desmatamento e a caça.

Foto: divulgação Rebio Araras

Presença dos animais silvestres

Vanessa Cabral Barbosa, agente de defesa Ambiental na Reserva Biológica Estadual de Araras e no Monumento Natural Estadual da Serra da Maria Comprida, diz que os animais silvestres podem ser vistos em diversos ambientes naturais ao redor do mundo, desde florestas até em áreas urbanas, dependendo da espécie. No município, devido à biodiversidade extremamente preservada, os animais silvestres são vistos ao redor das Unidades de Conservação, da Rebio Araras e o Mona Maria.

“Os animais ocupam nichos ecológicos específicos, onde desempenham funções essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. A ocupação de espaço pelos animais silvestres é importante por várias razões. Primeiro, eles ajudam na dispersão de sementes de plantas, permitindo que novas plantas cresçam e contribuam para a biodiversidade. Muitos animais são predadores naturais de espécies indesejáveis, controlando suas populações e mantendo o equilíbrio nas cadeias alimentares”.

Outro aspecto colocado pela profissional é a ciclagem de nutrientes, por meio dos excrementos dos animais, que contribuem para a fertilização e para o crescimento saudável das plantas.

“À medida que essas plantas crescem, elas fornecem abrigo e alimento para outros animais, contribuindo para a complexidade e estabilidade dos ecossistemas. A presença dos animais silvestres em determinadas áreas pode indicar a saúde do ambiente. Se um ambiente não for adequado para determinadas espécies, pode ser um sinal de degradação ou desequilíbrio ambiental. É importante proteger o espaço ocupado pelos animais silvestres e garantir que eles tenham acesso a habitats adequados para sobreviverem e desempenharem seus papeis ecológicos”, explica Vanessa.

O que fazer, caso encontre um destes animais?

Com a constante presença de animais em áreas urbanas, a agente orienta que, caso tenha contato visual com o animal, o ideal é manter a calma.

“Deixa ele escapar. Se o animal não fugir, não dê as costas a ele. Mantenha o contato visual, fale alto e firme, não grite, e levante os braços para aparentar ser maior, porém sem movimentos bruscos. Ele não irá atacar”.

“Assim como as pessoas, os animais têm o direito de existir e de manter seu modo de vida ancestral. Portanto, qualquer ação que ameace a sobrevivência dessas espécies, é imoral e ilegal”, pontua Vanessa Cabral.

Crime

Matar, caçar, perseguir e maltratar qualquer espécie de animal silvestre é ilegal e crime ambiental, sujeito a multa e detenção, segundo a Lei n° 9605/98.

Programa de monitoramento

Para estudar as espécies e até acompanhar o comportamento dos animais, os agentes da Reserva trabalham com um programa de monitoramento de mamíferos terrestres de grande e médio porte e aves cinegéticas. São usadas câmeras, sendo conferidas mensalmente. A administração ressalta que a presença de algumas espécies pode variar de estação.

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