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Petropolitano relata como é viver com os desafios da acessibilidade

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Petropolitano relata como é viver com os desafios da acessibilidade

[Dia Internacional da PCD]: Há três anos, uma rara doença fez com que Chen se tornasse cadeirante

Em 1992, a Organização das Nações Unidas – ONU decretou o 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data ficou marcada para conscientizar os compromissos e ações que promovam os direitos das PCD. Segundo dados do Relatório Mundial da Deficiência da OMS e do Banco Mundial, são mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com algum tipo de deficiência. Apesar dos avanços ocorridos na garantia dos seus direitos, elas ainda enfrentam barreiras.

Foto: arquivo pessoal

Acessibilidade ainda é um desafio

Chen Li Cheng, de 68 anos, petropolitano de coração, é portador de uma doença rara, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF). Há um pouco mais de 3 anos, Chen se tornou cadeirante e o maior desafio, ainda enfrentado por ele, é a acessibilidade.

“São instalações comerciais que não possuem rampa de acesso; falta de sanitários para PCDs em restaurantes; hotéis sem infraestrutura para nos receber; empreendimentos com infraestrutura inadequada sem atender os requerimentos técnicos e legais. Podemos enumerar vários os desafios que ainda encontramos”, diz Chen.

Vida com qualidade

Mesmo com tantas situações adversas, que fazem a vida de Chen ser uma luta diária, ele não as deixam que o guie.

“Busco sempre manter uma qualidade de vida adequada para minimizar as barreiras. Faço, a cada 3 semanas, infusão com medicação de alto custo, que reduz até 75% da produção de amiloidose no fígado. Trabalho atualmente ministrando treinamentos técnicos, como Gestão de Crises, Contingência de Impacto Ambiental Marítimo e Terrestre, a nível internacional. Participo de Comitê e Grupo Técnico, além de Associação de Doenças Raras. Necessito de apoio para algumas atividades diárias que possam ser simples para pessoas sem deficiência”.

Projeto INcluir

Da necessidade de uma qualidade de vida melhor, Chen e sua esposa, Alessandra Caline, idealizaram o INcluir Petrópolis. O projeto nasceu há um ano para  visibilidade e equidade para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, por meio do lazer, cultura, esporte, turismo e meio ambiente.

Foto: divulgação

Outro grande acréscimo para o município foi um veículo elétrico adaptado para pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, disponível em grandes festas e eventos da cidade.

Foto: Divulgação

“Nós adotamos e fomos adotados por Petrópolis. Desejamos que nossa cidade seja INclusiva de forma contínua. Dia após dia vamos levando a importância da inclusão para todos e de forma gratuita”, comenta.

Como apoiar?

Empresas que estiverem interessadas em contribuir com as ações do Projeto INcluir podem entrar em contato pelo Instagram @incluirpetropolis.

Foto: divulgação

Sobre a Polineuropatia Amiloidótica Familiar

A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) é um tipo de amiloidose hereditária, podendo ser transmitida de geração para geração. São cerca de 10 mil portadores em todo o mundo.

Ela é causada pela mutação da proteína transtirretina (TTR), produzida pelo fígado, fazendo com que os depósitos de fibras insolúveis (fibras amiloides) se acumulem em várias partes do corpo, como nos nervos e terminações nervosas que controlam as atividades de órgãos vitais, causando mau funcionamento deles.

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