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Fé e cura: há quase 20 anos, petropolitana distribui doces em promessa a São Cosme e Damião

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Fé e cura: há quase 20 anos, petropolitana distribui doces em promessa a São Cosme e Damião

Dia de Cosme e Damião, padroeiro dos médicos, é celebrado nesta quarta (27) com a tradição de dar saquinhos de doces para as crianças

Nesta quarta-feira, 27 de setembro, é comemorado o Dia de Cosme e Damião. No Brasil, tornou-se tradição na data as crianças irem às ruas atrás dos saquinhos de doce, geralmente ofertados por fiéis que queiram cumprir promessas feitas aos santos. Este é o caso da petropolitana Maria de Lourdes Plantz, de 77 anos, que dá doces há quase 20 anos na comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio.

Fotos: Arquivo Pessoal

Fé e cura

Nascida e criada em um lar católico, Maria sempre viu em sua fé uma forma de superar suas dificuldades. No início dos anos 90, foi diagnosticada com úlcera varicosa e, mesmo seguindo todos os tratamentos médicos indicados, nada melhorava a doença.

“Os enfermeiros faziam curativo todos os dias, passavam vários remédios, mas nada adiantava. Todos falavam que eu tinha muito fé e que um dia ia conseguir me curar”, comenta

Fotos: Arquivo Pessoal

Foi então que a ideia de pedir aos santos padroeiros dos médicos veio. “No Dia de Cosme e Damião, vi todo mundo saindo pra pegar bala e pensei: vou pedir ajuda pra São Cosme e São Damião, já que eles eram médicos e ajudavam a curar os enfermos. Pedi naquele dia 27 de setembro e, quando foi na outra semana, o machucado fechou sem nenhuma cicatriz e nunca mais voltou. Há quase 20 anos dou os doces e vou continuar enquanto eu viver”.

Tradição desde a infância

Apesar de Cosme e Damião serem santos católicos, Maria relata que sua família sempre teve preconceito com a tradição dos doces, como ainda acontece em muitos lares hoje em dia. Ela e seus irmãos eram proibidos de irem às ruas em busca das balas, mas isso não os impedia.

“Mesmo assim a gente saía todos escondidos pra ir pegar os doces. Não tem maldade nenhuma em dar os saquinhos e não tem porquê proibir as crianças. Fazemos isso pela nossa fé, mas também pra alegrar os pequenos”, ressalta.

E é com esse intuito que, há mais de 20 anos, Maria dá, anualmente, de 150 a 200 saquinhos. “Já teve ano que não teve crianças suficiente vindo buscar e aí fui pras ruas entregar pras que iam passando. Amo fazer parte dessa tradição e ver o sorriso de quem recebe esses saquinhos, todos feitos com muito carinho”, finaliza.

Fotos: Arquivo Pessoal

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