Dia dos pais: conheça a história de um pai solo que criou sua filha com amor e dedicação
“Nessa relação de anos houve o empenho não somente em vê-la criada, mas formá-la para a vida,” diz Célio, de 58 anos
Embora a imagem tradicional de um pai possa incluir um casal de pais amorosos, o papel paterno está em constante evolução, e as histórias de que eles assumem a criação sozinho de seus filhos estão se tornando cada vez mais notáveis.
Neste Dia dos Pais, conheça a história de Célio Pereira, de 58 anos, um pai determinado que superou todos os desafios para criar sozinho sua filha, Vitória Ferreira, de 22 anos, após o falecimento de sua esposa com uma doença grave. Na época, Vitória tinha apenas oito anos de idade.
Fotos: Arquivo pessoal
Jornada inesperada
A preocupação de Celio era encontrar o equilíbrio entre as atribuições de ser pai e a perda da esposa. “Minha missão era fazer que minha filha entendesse que teríamos que seguir a rotina e todos os compromissos, além do sentimento de que precisaria me reportar a comportamentos maternos e minimizar a falta da mãe,” conta.
Ele ainda ressalta que ser pai é um desafio sem igual, que existe toda uma base para prover o sustento e principalmente as virtudes. “Criei minha filha com erros e acertos, acredito que acertei mais do que errei, pois as respostas que ela me dá com suas ações afirmam o que eu vejo”, diz.
Fotos: Arquivo pessoal
Desafios e superações
Célio conta que, no início, não sabia que seria capaz de fazer tudo sozinho, mas a necessidade o fez descobrir habilidades e forças. Como pai solo, ele detalha que é cada dia um aprendizado diferente. “Fui desenvolvendo a parceria no dia a dia e buscando em alguns momentos auxílio de profissionais e amigos. Procuro ser fiel ao pedido que minha esposa fez nos últimos dias de sua vida: ‘cuide da Vitória por mim’, e assim sigo fazendo”.
Em função de um problema de saúde, quando a filha estava com 10 anos, o pai teve que parar de trabalhar profissionalmente. “Tive que assumir a condução e a rotina da casa, mas com o privilégio de estar presente no dia a dia da Vitória,” compartilha.
Fotos: arquivo pessoal
Orgulho e admiração
Célio fala da filha com muito orgulho, diz que ela é uma jovem determinada e carismática com conquistas e sonhos. “Todos os esforços que fiz com certeza foram menores que as alegrias que ela me proporciona. Deus me concedeu uma filha que foi desejada e amada e ver as suas conquistas e realizações é gratificante”.
Ele destaca que nessa relação de anos houve o seu empenho não somente em vê-la criada, mas formá-la para a vida. “Nessa dupla missão acabei mimando bastante minha filha, pois são muitas ações e situações que acontecem ao longo do caminho,” ressalta.
“Sempre trabalhei no meu íntimo para que nesse processo de criação ela tivesse o direito de ir aos poucos assumindo o comando de sua vida. Pensei que iria demorar, mas já está acontecendo a inversão do processo, ou seja, hoje ela se preocupa e cuida de mim também”, completa.
Fotos: arquivo pessoal
Sentimentos de uma filha criada pelo pai
Vitória também possui inúmeros sentimentos e aprendizados por ter criado uma relação de muito amor e carinho com seu pai, mesmo em um momento tão delicado de sua vida que foi perder sua mãe ainda quando criança.
“Eu considero meu pai um cara excepcional, ele é fora da curva! Tivemos muitos altos e baixos, dificuldades e imprevistos pelo caminho, mas hoje eu olho pra trás e vejo o que nós passamos e não consigo enxergar alguém melhor para ser meu pai, “pontua Vitória.
Veja também:
- 10 restaurantes para um almoço especial de Dia dos Pais em Petrópolis
- Tendência: petropolitanos buscam transportes alternativos para fugir do trânsito
- Motorista de aplicativo de Petrópolis conta como é a rotina de trabalho: são muitas experiências e histórias
- Mulheres de Petrópolis: a jornada inspiradora de uma empreendedora no ramo das unhas
- Projeto social realiza festa de 15 anos para meninas de comunidades em Petrópolis