Petrópolis não atinge meta de vacinação contra HPV; saiba onde se vacinar
Imunizante está disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos, pessoas com a doença ou pacientes oncológicos de até 45 anos
Desde 1 de janeiro até o dia 27 de março, 1.668 doses da vacina contra o HPV já foram aplicadas em Petrópolis. Apesar do número, a cidade ainda não atingiu a meta necessária estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de, pelo menos, 80% do público-alvo.
O imunizante, que está disponível nas 13 salas de vacinação do município, pode ser utilizado em meninos e meninas dos 9 aos 14 anos. Além deste grupo, pessoas com HPV ou pacientes oncológicos de até 45 anos também podem ser vacinados.
Foto: Divulgação
O que é o HPV?
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo, que pode causar desde verrugas até câncer. Existem mais de 100 tipos da doença que afeta, principalmente, as áreas genitais dos homens e das mulheres.
Muitas vezes despercebido, o HPV se manifesta, popularmente, através de lesões genitais. De acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 25% das mulheres e 50% dos homens já contraíram algum tipo de HIV.
Apesar de perigosa, a doença tem cura e, em países mais desenvolvidos, já foi praticamente erradicada. No Brasil, porém, assim como em Petrópolis, a cobertura é baixa e não atinge os níveis de projeção necessários para erradicar a doença até 2030.
Foto: HPV/Imagem ilustrativa
Veja onde receber a vacina contra o HPV em Petrópolis:
CENTRO DE SAÚDE COLETIVA
8h às 16h30 terça, quinta e sexta-feira
8h30 às 19h30, segunda e quarta-feira
PSF ALTO DA SERRA
8h30 às 16h, terça e sexta-feira
8h30 às 19h30, segunda, quarta e quinta-feira
UBS ALTO INDEPENDÊNCIA
8h30 às 16h30, segunda a sexta-feira
UBS MORIN
8h30 às 16h30, segunda a sexta-feira
UBS QUITANDINHA
8h30 às 19h, segunda a sexta-feira
AMBULATÓRIO ESCOLA
8h30 às 16h, segunda a sexta-feira
CENTRO DE SAÚDE ITAMARATI
8h30 às 19h30, segunda a sexta-feira
AMBULATÓRIO DO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO
8h30 às 16h30, segunda a sexta-feira
PSF POSSE
8h às 16h, segunda a sexta-feira
UBS MOSELA
8h30 às 19h, segunda a sexta-feira
UBS ARARAS
7h30 às 15h30, segunda a sexta-feira
UBS ITAIPAVA
8h30 às 16h30, segunda e sexta-feira
8h30 às 19h, terça, quarta e quinta-feira
UBS PEDRO DO RIO
8h às 16h, segunda a sexta-feira
Importância da vacinação
A imunização contra o HPV é importante para evitar altos índices de câncer do colo do útero e câncer de pênis, por exemplo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil terá 17 mil casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025.
Especialista no assunto, a médica Carla Ismael, do Centro de Terapia Oncológica (CTO) de Petrópolis, explicou a importância da vacinação, que deve ser feita em meninos e meninas antes de iniciarem as atividades sexuais.
No Brasil, a especialista explica que ainda há um alto índice de casos de câncer do colo do útero e também de mortalidade devido à doença, já que costuma ser diagnosticada em fase avançada.
De acordo com o Inca, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero ocupa a sexta posição entre os tipos mais frequentes de câncer. Nas mulheres, é o terceiro mais incidente no país.
Foto Divulgação PMP
Diagnóstico e tipos de câncer
O diagnóstico do câncer do colo do útero é feito pelo exame Papanicolau, o preventivo. “É importante que a mulher vá ao ginecologista, pelo menos de dois em dois anos, e faça o preventivo, uma vez que a doença sendo diagnosticada em estágio inicial tem maior chance de cura. O tratamento pode envolver quimioterapia, cirurgia, radioterapia e braquioterapia”, diz a oncologista.
Já o câncer de pênis, que apesar de atingir homens com mais de 50 anos, também pode ser encontrado entre os mais jovens, é feito através da biópsia incisional, que retira um fragmento do tecido do penas e analisa as lesões. Ao todo, o câncer nesta área representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. Como no caso do câncer de colo do útero, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento.
Carla Ismael reforça que diminuir a incidência desses tipos de câncer no Brasil é uma missão de toda a sociedade. “Tão importante quanto fazer os exames regularmente é ter consciência de que vacinar nossas crianças é a garantia de um futuro com cada vez menos registros dessa doença”, conclui.