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Vacina bivalente: professora da UNIFASE tira dúvidas sobre a nova dose de reforço contra a Covid

Saúde

Vacina bivalente: professora da UNIFASE tira dúvidas sobre a nova dose de reforço contra a Covid

Patrícia Boccolini alerta para a necessidade de avançar com a cobertura vacinal, em especial em crianças menores de 5 anos

No dia 26 de janeiro, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir de 27 de fevereiro, as doses de reforço com a vacina bivalente para a imunização contra a covid-19 começarão a ser aplicadas. Para entender mais sobre este imunizante e como funcionará o calendário vacinal em 2023, A Sou Petrópolis conversou com Patrícia Boccolini, professora de Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora do Observa Infância da UNIFASE/FMP, em parceria com a Fiocruz.

Fotos: Divulgação e Tânia Rêgo/Agência Brasil

Qual a diferença do imunizante bivalente para os outros?

Patrícia Boccolini – Assim como os outros vírus, o Sars-Cov-2 passou por diversas mutações, o que tornou as vacinas iniciais menos efetivas para combater a proliferação da doença. Esse imunizante bivalente é fabricado pela Pfizer, através da tecnológica do RNA mensageiro, e protege de várias variantes da covid. Mas isso não quer dizer que as vacinas anteriores não continuem protegendo. A gente precisa continuar vacinando, mas é importante que também tenhamos essa nova opção.

Quem terá que tomar a bivalente?

Patrícia Boccolini – A vacina vai ser aplicada como uma dose de reforço, começando pelos maiores de 70 anos. Além deles, quem permanece em instituições de longa permanência, indígenas e quilombolas também serão enquadrados no primeiro grupo prioritário. Então vamos começar com eles e depois diminuir as faixas etárias e incluir os profissionais de saúde. Vai ser bem semelhante a como foi o calendário inicial de vacinação.

Quem já tomou até a quarta dose, terá que se imunizar com a bivalente? E como funcionará essa aplicação?

Patrícia Boccolini – Ela vai ser dada como uma dose de reforço e a ideia é que a pessoa que vá tomar a bivalente, começando pelo gripo prioritário, já tenha tomado pelo menos duas doses da vacina contra a covid.

Qual a importância das pessoas continuarem se vacinando, mesmo com a considerável diminuição de casos e óbitos?

Patrícia Boccolini – O vírus da covid continua circulando pelo mundo. Temos outros países que ainda estão com a cobertura vacinal muito baixa, o que permite com que o vírus continue circulando, e abre a possibilidade para novas variantes. A vacina não impede que a gente adoeça pelo vírus, mas ela diminui a possibilidade de internação e óbitos. Por isso é importante continuar se vacinando e tomar a bivalente assim que ela estiver disponível para o nosso grupo

Quanto à vacinação infantil, como funcionará em 2023?

Patrícia Boccolini – A Pfizer nos Estados Unidos pediu, recentemente, uma autorização para a aplicação da vacina bivalente em crianças entre 5 a 11 anos. Aqui no Brasil deve demorar um pouco mais, mas é importante estar atento para que também consigamos, em um momento mais tardio devido aos grupos prioritários, vacinar as crianças. Também precisamos aumentar a cobertura vacinal, em especial em menores de 5 anos. Tanto as crianças de 3 e 4 anos, quanto os bebês de 6 meses a 3 anos, estão com a cobertura muito baixa

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