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Especialista da UFRJ esclarece dúvidas dos petropolitanos sobre a vacinação contra a Covid-19

Saúde

Especialista da UFRJ esclarece dúvidas dos petropolitanos sobre a vacinação contra a Covid-19

Saiba qual o intervalo entre as doses de cada fabricante, periodicidade da vacinação e recomendações para conter o avanço da doença

Durante o mês de novembro, os casos de Covid-19 apresentaram crescimento em Petrópolis. Um dos fatores que pode ter colaborado para esse aumento é a baixa cobertura vacinal na cidade. A quarta dose, por exemplo, atingiu apenas pouco mais de 30% do público-alvo.

Para esclarecer algumas dúvidas relacionadas ao calendário vacinal, a Sou conversou com a especialista em gestão de saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Chrystina Barros.

Foto: Divulgação

Quais as principais recomendações para conter o avanço da Covid-19, tendo em vista o recente aumento do número de casos?

Chrystina Barros – A vacina é a estratégia fundamental. É ela quem protege os indivíduos da forma grave da doença e, quando toda a comunidade está vacinada, ela ajuda a diminuir a circulação do vírus. Vale lembrar que mesmo as pessoas vacinadas podem ter a doença em forma leve, mas isso já é um grande avanço, visto que a Covid demonstrou sua gravidade.

Além da vacina, assim como para qualquer doença respiratória, está indicado o uso de máscaras em ambiente fechados, o não compartilhamento de objetos de uso pessoal e lavar as mãos frequentemente.

Qual o intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19? Ele é o mesmo independente da fabricante?

Chrystina Barros – Para quem tomou a Astrazeneca, Pfizer e Coronavac, o esquema se completa com duas doses com intervalo de oito semanas entre elas. A primeira dose de reforço – também chamada de terceira dose – é feita quatro meses depois do esquema completo. O mesmo vale para a segunda dose de reforço – a quarta dose.

Foto: Freepik

No caso de quem se vacinou com a Janssen, como funciona o esquema vacinal?

Chrystina Barros – Para quem iniciou com a Janssen, oito semanas depois da dose inicial se toma o primeiro reforço e, da mesma forma, depois de quatro meses, mais uma dose de reforço. Pode haver ainda uma terceira dose de reforço – no total, a quarta dose -, depois de mais quatro meses.

Quando adolescentes de 12 a 17 anos deverão se imunizar com a quarta dose? E crianças de até 11 anos, quando começarão com a terceira dose?

Chrystina Barros – Infelizmente, a orientação das vacinas para crianças e adolescentes está dependendo muito mais da disponibilidade de estoque. Mas os estudos científicos já mostram a importância de completar o esquema vacinal e já existe a possibilidade da dose de reforço.

Foto: Pixabay

Em relação à quinta dose da vacina, qual é o intervalo recomendado entre esta e a quarta dose?

Chrystina Barros – Temos fora do país o início da vacina bivalente, que já foi atualizada para a variante Ômicron. Nesse sentido, a quinta dose está indicada quando houver a disponibilidade desta vacina bivalente. Não havendo, basta estarmos com a segunda dose de reforço – ou quarta dose -. Além de atender sempre a chamada dos órgãos públicos, principalmente das Secretarias Municipais de Saúde.

A partir do ano que vem, as doses passarão a ser anuais, como a da Influenza?

Chrystina Barros – Ainda não temos uma resposta certa. A gripe, anualmente, requer a atualização do esquema vacinal. Mas nós já conhecemos o comportamento do vírus influenza. Sempre fazemos no hemisfério sul uma dose com a vacina atualizada em relação às cepas de variantes que circularam no inverno passado no hemisfério norte.

Para a Covid-19 ainda estamos aprendendo e parece que o intervalo pode ser menor que um ano, em relação ao surgimento de variantes que requeiram o reforço da vacinação. Por isso, nesse momento, precisamos seguir atentos aos sinais da vigilância epidemiológicas e acrescentando a vacinação às medidas preventivas, como dito no início.

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