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Com arte afrodescendente, artista petropolitano é um dos brasileiros a expor no Centro Cultural de SP

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Com arte afrodescendente, artista petropolitano é um dos brasileiros a expor no Centro Cultural de SP

Aprovado em editais de arte nacionais, ele hoje também tem uma obra exposta no Museu de Arte do Rio com a exposição coletiva Um Defeito de Cor

Sob o nome artístico de Cipriano, o petropolitano Pedro Ivo, de 41 anos, é artista, escritor, estudioso e pesquisador da Africanidade. Envolvido com a arte visual preta-brasileira desde a infância, o artista tem feito dela uma de suas principais ferramentas para tratar da ancestralidade e do pensamento Ubuntu – que se fundamenta na coletividade – no Brasil. Este ano, ele foi um dos artistas do país selecionados para expor na 31ª Exposição do Centro Cultual de São Paulo – CCSP.

Fotos: Divulgação

Membro do Museu da Memória Negra de Petrópolis, do Grupo de Estudo e Pesquisa em Visualidades e Interculturalidade MIRANDA e Mestrando em Educação pela Universidade Federal de Juiz de fora, Cipriano se utiliza de diferentes abordagens na partilha da arte afrodescendente. Criador da série Macumba Pictórica, o petropolitano incorpora a escrita ao tecido em algumas de suas obras para trazer à tona o pensamento ancestral e dar forma à história de resistência a que os povos africanos estiveram sujeitos.

Fotos: Divulgação

“Parti para uma tentativa de plasmar um diálogo com tal imaginário de identidade em processo levando em conta a memória do grupo a que pertenço, uma autodefinição que passa por pensar de onde viemos que elementos nos constituem – língua, história, território, cultura, religião, situação social”. Referenciado por símbolos da Umbanda, Rubem Valentim, Glenn Ligon, o artista explica que construiu seu campo artístico como forma de “saber mais acerca do que tange o afro, afro presente no cotidiano macumbeiro, o invisível na macumba”.

Fotos: Divulgação

Com a figura de sua mãe como primeira e principal orientadora do aprofundamento na arte, Cipriano conta que, na língua iorubana, ori designa cabeça e que, dessa forma, foi esse o primeiro tema de seus trabalhos. “Não qualquer ori, mas o rosto de minha mãe que com o tempo transformou-se em autorretrato preto. Minha mãe me formando como homem preto”. Aprovado em editais de arte nacionais, ele tem hoje uma obra exposta no acervo do Centro Cultural de São Paulo e no Museu de Arte do Rio com a exposição coletiva Um Defeito de Cor.

Fotos: Divulgação

Cipriano, que é licenciado em Letras pela Universidade Católica de Petrópolis e pós-graduado em Metodologia do Ensino de Artes pelo Centro Universitário Internacional, já teve seus trabalhos exibidos, ainda, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no Webinário Festival Desenho Vivo do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, além da galeria de arte do SESC e do Centro de Cultura Raul de Leoni. É possível acompanhar seu trabalho pelo site https://cipriinocencio.wixsite.com/website ou então Instagram @cipriinocencio

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