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Mais de seis meses após tragédia, protocolos de segurança para os ônibus começam a ser propostos

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Mais de seis meses após tragédia, protocolos de segurança para os ônibus começam a ser propostos

Estabelecer ‘ilhas de segurança’ e impedir o trânsito no local em momentos de alagamento estão entre as alternativas apresentadas em reunião com o MPRJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se reuniu com representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Setranspetro para traçar um protocolo de segurança para transporte público em caso de inundações em Petrópolis.

A iniciativa ocorre mais de seis meses depois da primeira chuva em fevereiro deste ano. Na época, dois ônibus, com passageiros, foram arrastados para dentro do rio na Rua Washington Luís.

Foto: Mácia Foletto Agência O Globo

“Não aceito esse protocolo ter demorado tanto e ter sido preciso perder tantas vidas para depois pensar nessa segurança. Se esse protocolo que agora está sendo feito existisse antes, isso não teria acontecido. Será que se houvesse proteções entre a via e os rios, esses ônibus teriam ido parar dentro do leito? Talvez não”, questiona Leandro Rocha, pai de Gabriel Vila Real, uma das vítimas dos ônibus.

Foto: Arquivo Pessoal

Propostas

Entre as propostas apresentadas no documento do MPRJ estão: a interrupção imediata da passagem de veículos e pedestres em caso de risco de alagamentos na Rua Coronel Veiga; criação de ilhas de seguranças em pontos mapeados pela Defesa Civil; evacuação dos passageiros dos ônibus quando a água ultrapassar metade da roda do veículo e deslocamento até as “ilhas de segurança”; e capacitação dos profissionais de transportes.

Questionados, o Setranspetro e a Prefeitura de Petrópolis não comunicaram oficialmente os planos de ações propostos.

Mais segurança

Leandro ressalta que essas propostas vêm de forma tardia, e que não apagarão as tantas mortes pela falta desses protocolos. Apesar disto, ele acredita que trará mais segurança em casos como os do início do ano.

“Acredito que isso vai ajudar para que muitas pessoas não percam a vida em situações como essa. Mas não podemos abrir mão de que sejam feitas obras preventivas e de escoamento”, destaca.

Hoje, Leandro transformou a dor em ação. Por meio do Instituto Gabriel Vila Real, pretende trabalhar ações humanitárias e buscas por prevenção.

“O Gabriel ajudou muitas pessoas, pensou primeiro no próximo. Isso pra mim foi o maior exemplo que uma pessoa pode dar de amor ao próximo”, afirma, acrescentando que é necessário que todos se unam e continuem buscando por respostas e medidas.

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