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Moradores de Petrópolis, conheça a história do casal que trocou mais de 300 cartas durante noivado à distância

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Moradores de Petrópolis, conheça a história do casal que trocou mais de 300 cartas durante noivado à distância

Neste Dia dos Namorados, conheça Carmen e Cristovam. Com quase 60 anos de união, os dois viveram um noivado de quatro anos afastados pela distância

Quando se fala em amor, se fala também em sacrifício, e com um casal já próximo de completar 60 anos de união, é de se esperar muitos deles. Mais precisamente, quatro anos separados pela distância e mais de 300 cartas trocadas. Moradores de Petrópolis desde 1963, Carmen e Cristovam dividem uma história de companheirismo e comprometimento que se traduzem em palavras e afeto.

Fotos: Divulgação

Os dois se conheceram em Natal, no Rio Grande do Norte. Cidade de origem de Carmen Costa de Azevedo, de 80 anos, a localidade foi também pano de fundo para o início do romance dos dois. Então goleiro do América, Cristovam Azevedo de Souza, de 88 anos, se mudou para a capital, onde, pelas mãos do destino, conheceu a família de Carmen. Segundo ela, dado o tamanho da casa onde moravam, eram alugados quartos para rapazes vindos de outras regiões.

“Ele apareceu para ver e me interessei à primeira vista, mas eu era muito menina. Eu tinha 18 anos e tínhamos uma diferença de 9 anos”, expressa Carmen que, apesar dos obstáculos, sempre teve em mente que “se tiver que ser, será”. Tempo vai, tempo vem, os sentimentos se revelaram mútuos, o que foi apenas questão de tempo até que os dois começassem a namorar.

Foram 10 meses de namoro até que mais um contratempo surgiu: Cristovam se mudou para Santos, onde morava o pai. Os dois ficaram noivos e a promessa era a de que dali há seis meses ele voltaria. Os tempos eram difíceis, o que fez com que a espera levasse mais tempo do que era esperado. Foram quatro anos separados e mais de 300 cartas trocadas para encurtar a distância entre o casal.

Foto: Divulgação

“Ficamos noivos, mas eu falei para ele: vamos ver no que vai dar. A gente escrevia as cartas um para o outro sem nem esperar resposta. Na época não tinha comunicação. Não víamos um ao outro, só por cartas e fotos”. Cenário inimaginável para o contexto digital atual, Carmen explica que, para ela, apesar de todas as incertezas, um aspecto se mantinha claro: “se for para a minha felicidade vai dar certo. Se não for, vai embora”.

Certa do que queria, ela relembra o reencontro dos dois, apenas uma semana antes do casamento – todo organizado pela natalense. “Eu que resolvi tudo. Marquei o casamento e fui falando com ele. Quando ele chegou foi um impacto grande. Assim que eu o vi eu corri e me escondi. Me perguntei: será que eu gosto dele ou das cartas dele? Aí eu vi que era dele mesmo. Mas a gente não tinha intimidade. Até para pegar na mão um do outro a gente ficava trêmulo”.

Celebrada na Igreja Matriz Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, a união dos dois aconteceu em 9 de março de 1963. No dia seguinte, o casal se mudou para Petrópolis: cidade que simboliza o alicerce entre eles. “Petropolitanos” desde então, foi no município que viram a família crescer – são dois filhos, cinco netos e dois bisnetos – e o amor entre eles também.

Foto: Divulgação

Fiel às raízes, a dupla faz questão de revisitar Natal de tempos em tempos. Próximos de completar 60 anos de união em 2023, os dois já planejam uma celebração na mesma igreja onde se casaram, a exemplo do que ocorreu nas Bodas de Ouro do casal. “Por coincidência, 50 anos depois, foi tudo no mesmo dia e na mesma hora. Ano que vem vamos fazer o possível e o impossível para fazer na mesma igreja novamente”.

Descrito por Carmen como um amor sublime e de muito companheirismo, sua história com Cristovam é fruto de uma relação cultivada ao longo dos anos com paciência e com a certeza de que, se fosse para a felicidade dos dois, se consolidaria. Para o Dia dos Namorados, o casal planeja uma celebração simples, mas pautada pela união. Até porque, depois de quatro anos afastados, eles não saem mais um do lado do outro.

Foto: Divulgação

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