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#Petropolitanos Talentosos: conheça a história da atleta que é campeã na esgrima em cadeira de rodas

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#Petropolitanos Talentosos: conheça a história da atleta que é campeã na esgrima em cadeira de rodas

Ela esteve a quatro pontos de se classificar para os Jogos Paralímpicos de Tóquio

Fabiana Soares, de 42 anos, é petropolitana e ocupa, no ranking nacional da Confederação Brasileira de Esgrima, o primeiro lugar do Brasil no sabre, o segundo no florete e o terceiro na espada na categoria em cadeira de rodas. Nascida com um encurtamento numa das pernas – agravado depois de uma cirurgia malsucedida, Fabiana é definida pela força do seu querer e por sua habilidade de enxergar nas dificuldades motivação para superar a si mesma.

Foto: Divulgação

Praticante de esportes desde que se entende por gente, Fabiana nunca enxergou sua condição como um empecilho na realização das atividades a que se propôs. Goleira de hóquei ao longo de mais de dez anos, em 2015 ela decidiu conhecer o universo da esgrima e, desde então, não saiu mais. Segundo a petropolitana, o momento decisivo que a fez querer vivenciar a modalidade foi a realização dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, no Rio.

“Sempre achei interessante a esgrima em si. Com a história das Paralimpíadas no Rio, eu pensei: por que eu não faço? Levo jeito para os esportes”. Uma coisa levou a outra e, quando viu, ela havia descoberto o ensino de esgrima no Clube Magnólia, em Petrópolis. Começou a treinar numa cadeira de madeira – já que na modalidade paralímpica o esporte é disputado sentado, e, à base de muita dedicação, passou a trilhar um caminho de sucesso.

Foto: Divulgação

“Eu treinava na cadeira de madeira porque não tinha condições de pagar pela cadeira de rodas, que custava quase 5 mil reais. Aí comecei a fazer aquelas vaquinhas na internet, consegui metade e depois conheci duas pessoas que me ajudaram a acabar de pagar”. Tendo adquirido a cadeira em 2016, em 2018 ela foi convocada para integrar a seleção brasileira e disputar o Campeonato Regional das Américas, onde conquistou o terceiro lugar.

Foto: Divulgação

Sem patrocínio ou qualquer tipo de apoio do poder público e arcando com os próprios treinos – realizados uma vez por semana, sob orientação do técnico Guilherme Giffone – Fabiana, ainda assim, obtém destaque no país e fora dele. Tricampeã brasileira no florete e bicampeã no sabre, ela acumula, ao longo de seis anos de prática, muitas vitórias e, principalmente, a certeza de que cada um tem sua história e de que podemos ser mais do que nos limitamos a ser.

“Quando a gente é mais novo, a gente fica com vergonha. Aí você vai crescendo e vendo que temos que continuar vivendo, sem nos restringir por causa dos outros”. Ouvindo, nas competições, relatos de outros atletas que foram baleados ou amputados por causa de acidentes no trânsito, Fabiana ressalta a importância de perceber que “os problemas não são empecilhos para deixarmos de fazer as coisas”.

Foto: Divulgação

Movida pela força do querer, a atleta petropolitana esteve próxima de se classificar para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Com a pandemia, dois campeonatos classificatórios em que participaria foram cancelados e, com isso, Fabiana não foi convocada para Tóquio por uma diferença de apenas quatro pontos. Mas ela não se deixa abalar e, inclusive, faz questão de reforçar: “nas Paralimpíadas de 2024 eu vou. Você vai ver. É o que eu mais almejo”.

Fisioterapeuta, Fabiana, também na profissão, é exemplo de dedicação. Na linha de frente desde o início da pandemia, a petropolitana atua no CTI do Hospital de Infectologia de São Sebastião, no Rio. Responsável, muitas das vezes, por ser a primeira a colocar os pacientes de pé depois de semanas acamados, a satisfação em ajudá-los é também o que a mantém de pé, apesar da dificuldade em andar e da dor nos joelhos provocada por sua condição.

Foto: Divulgação

“Na minha vida eu penso em etapas. Eu queria começar a praticar esgrima para jogar e ganhar algumas partidas, mas nunca pensei em ser campeã brasileira”. Inspiração, Fabiana Soares nos motiva a, assim como ela, abrir os olhos e enxergar novos horizontes com a força do querer. Aqueles interessados em patrociná-la para que ela chegue cada vez mais longe podem entrar em contato pelo telefone (24) 98131-3885 ou doar qualquer quantia para o PIX 053.224.077-40 (CPF).

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