Connect with us

#PetropolitanosTalentosos: a partir de maquetes e miniaturas, ele atribuiu novos significados à arte

Cidade

#PetropolitanosTalentosos: a partir de maquetes e miniaturas, ele atribuiu novos significados à arte

Conheça o trabalho de Álvaro Cestari, que faz de locomotivas e oficinas automobilísticas a miniaturas detalhadas dos cartões-postais locais

Seja em pedra, como foi o caso da primeira pintura da Pedra do Tigre, no Bonfim, ou então em papel, para o petropolitano Álvaro Cestari, de 66 anos, não há material que limite sua criatividade. Desenhista e projetista, há 15 anos Álvaro também trabalha profissionalmente na produção de maquetes e miniaturas. Capazes de atribuir novos significados à arte, as obras se mostram convites à apreciação de detalhes e, às vezes, até de momentos da história.

Foto: Arquivo pessoal/Álvaro Cestari

Seu contato com as miniaturas se deu ainda na infância, a partir da construção de kits pré-montados. Não satisfeito, Álvaro conta que sempre sentiu a necessidade de criar algo do zero, e assim tem feito a partir do uso de papel, madeira balsa, arames e bijuterias que, com a ajuda de seu talento, tomam novos formatos e assumem novos papéis em oficinas automobilísticas, locomotivas, ou então na construção de cartões-postais da cidade.

Foto: Arquivo pessoal/Álvaro Cestari

“Quando eu era pequeno todo dinheirinho que eu juntava era para comprar kits. Agora eu faço do zero. Sempre acreditei no papel. É uma fonte maravilhosa para você fazer as miniaturas”, diz Álvaro. Autodidata, o petropolitano começou a trabalhar como desenhista aos 19 anos. Algum tempo depois, ele conta que se deparou com uma miniatura numa vitrine que foi a principal causa e motivação de tudo que aprendeu a fazer.

“Um dia eu vi uma miniatura de um caminhão que tinha sido todo feito em papel. Me apaixonei pela peça porque ele fez toda a carroceria e o paralama em papel. Isso despertou na minha cabeça uma vontade extrema de fazer miniaturas. Se o caminhão tinha sido possível para o artista, eu era capaz de fazer qualquer coisa. Aquilo ficou na minha cabeça durante anos”, recorda.

Mais de 30 anos depois, Álvaro se deparou com a mesma miniatura – que estava prestes a ser descartada – numa construtora da cidade para a qual produzia maquetes. Tendo a guardado de recordação, o petropolitano a tem como motivação na busca pelo realismo miniaturizado. “Esse caminhão é a minha história. Eu tinha o visto pela primeira vez aos 22 anos. Quando eu o revi, eu já tinha mais de 50”, relembra ainda incrédulo.

Foto: Arquivo pessoal/Álvaro Cestari

Interessado por temas relacionados a Petrópolis, Álvaro tem em seu acervo de miniaturas uma reprodução detalhada do Museu Imperial e mais de 10 maquetes da relacionadas ao aviador Santos Dumont. Da “Encantada” – primeira miniatura feita pelo petropolitano em papel – a seus dirigíveis, a coleção é aberta ao público e pode, inclusive, ser visitada numa espécie de museu sediado na Pousada 14 Bis, no Centro.

Foto: Arquivo pessoal/Álvaro Cestari

“Uma das coisas mais pitorescas que existem em Petrópolis é a casa dele. Ela é toda calculada e extremamente bem feita. É uma obra de arte. Foi um projeto desafiador de executar. A aeronave nº 6 dele também não foi fácil. Eu trabalhava com duas pinças nas mãos e segurava a linha com a boca”, conta. Com planos de construir uma ferrovia itinerante de nove metros de extensão, Álvaro tem se dedicado dia e noite ao projeto.

Foto: Arquivo pessoal/Álvaro Cestari

“Comecei a estudar as locomotivas há uns cinco anos e a construí-las há uns dois. Como elas já não existem mais, quase tudo é analisado por foto. Até lente eu tenho que usar!”. Com planos de levar a ferrovia a cidades próximas para contar a história de Petrópolis, Álvaro também está em busca de um espaço no Centro em que seja possível construir um museu do trem aberto ao público. Ele pode ser contatado pelo telefone (24) 98831-3669.

Chegando a levar até dois anos para a construção de uma única miniatura, Álvaro leva, em média, de quatro a cinco meses para a conclusão de seus projetos. Alguns deles mais rápidos, feitos em cerca de um mês e meio, a verdade é que, uma vez prontas, são as obras as responsáveis por ditar o tempo e a forma com que o público aprecia os trabalhos e atribui significados à arte.

O trabalho de Álvaro Cestari pode ser acompanhado na página Álvaro Cestari Maquetes e Miniaturas.

Continue Reading

Você também vai gostar

Subir