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#PetropolitanosTalentosos: conheça o pianista de Petrópolis que tem sido reconhecido Brasil afora

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#PetropolitanosTalentosos: conheça o pianista de Petrópolis que tem sido reconhecido Brasil afora

Hoje, Pedro, aos 22 anos, já orienta outros jovens que sonham em se tornar pianistas

Ele toca piano desde os cinco, decidiu que gostaria de ser músico profissional aos 13 e, aos 22, já é bacharel em piano pela University of Colorado Boulder, nos Estados Unidos, professor e produtor. Capaz de fazer das notas musicais verdadeiros convites à emoção, Pedro d’Avila também é capaz de traduzir experiências e, por que não, sua essência através da música. Na primeira edição da série de #PetropolitanosTalentosos você conhece o pianista petropolitano que tem sido reconhecido Brasil afora por seu talento em não apenas interpretar, mas, de fato, vivenciar aquilo que toca.

Fotos: Amelia Stepanek – Reprodução/YouTube

Natural de Petrópolis, Pedro cresceu numa família musical, como ele mesmo descreve. Com um tio maestro, uma bisavó que tocava piano, e um avô especialista em ópera, pode-se dizer que o petropolitano, antes mesmo de aprender a se expressar através das palavras, já havia encontrado seu lugar na música. Ex-aluno de seu tio, Rodrigo d’Avila, e também da Escola de Música da UCP, foi na Cidade Imperial que sua trajetória teve início. Uma jornada que, desde 2018, tem tido novos capítulos escritos em Boulder, onde reside.

Intrínseco a ele, o gosto pela música clássica vem desde cedo. Conta a família que, quando Pedro tinha por volta de três anos, foi capaz de identificar a Nona Sinfonia de Beethoven na TV, um dia após a avó o apresentar à canção. A decisão de se tornar músico profissional, por sua vez, aconteceu dez anos depois. “Eu estava em casa assistindo a um vídeo de um pianista russo, o Vladimir Horowitz, tocando a Polonaise Op. 53, de Chopin, e eu percebi que era aquilo que eu queria fazer da vida. Eu só não tinha ideia do quão difícil era”.

Incentivado pelos pais desde o começo, Pedro conciliou, durante alguns anos, a rotina escolar em Petrópolis com aulas particulares semanais no Rio com Ronal Silveira, o diretor da Escola de Música da UFRJ. Em 2017, ele ingressou no curso de Bacharelado em Música pela UFRJ e, no ano seguinte, foi transferido com bolsa integral para a University of Colorado Boulder a convite do também pianista David Korevaar, após se apresentar para ele durante um evento no Rio.

Detentor da medalha de ouro e do título de Melhor Interpretação de Sonata Clássica no 4º turno do I Concurso Nacional de Piano da Escola de Música Villa-Lobos, Pedro já se apresentou em importantes salas de concerto do Brasil, como a Sala Cecilia Meireles, a Sala Francisco Mignone e o Salão Leopoldo Miguez. Instrutor no Youth Piano Program da Universidade do Colorado, o petropolitano é hoje responsável por orientar jovens que sonham em se tornarem pianistas. Mais do que sua técnica, ele divide sua visão do que é fazer e se deixar inspirar pela música.

Foto: Amelia Stepanek

“Eu já cheguei a estudar 12 horas de piano por dia, mas música é mais do que isso. É a expressão da existência, do eu através de uma estética. Quanto mais você é enquanto existência, mais você tem a oferecer, e se você só fica estudando o dia inteiro você não tem muito a oferecer enquanto ser humano. É necessária essa contemplação da vida. Para ser artista a gente tem que passar por muita coisa. Existem peças que eu ainda não toquei porque ainda preciso passar por determinadas experiências de vida para poder interpretá-las”, reflete.

Pautado pela ideia de que a criatividade é guiada através do conhecimento, Pedro tem feito de suas experiências fonte de inspiração no que diz respeito à interpretação. Inserido num meio cujo nível de excelência é alto, o pianista chama atenção para a importância da música ser instrumento de união entre pessoas que, mais do que melhores umas que as outras, precisam ser o melhor que podem ser.

Forma de demonstrar carinho – dentro de si e ao público, foi nas notas musicais, por exemplo, que Pedro homenageou sua avó Lulu no dia de seu falecimento, em 2019. “Minha avó foi quem me apresentou a música pela primeira vez. Ela morreu no dia em que eu tinha que fazer uma prova final e tocar na frente de uma banca de professores. E naquele dia eu resolvi fazer a prova mesmo assim para ela. Música, entre muitas coisas, é uma forma de oferecer carinho. Tanto dentro de você, quanto à plateia”.

Interessado em viver no presente, como o pianista mesmo aponta, não há dúvidas, contudo, de que o futuro do petropolitano, independente de onde seja, será pautado por talento, música e ainda mais reconhecimento. Algumas de suas performances podem ser conferidas em seu canal do YouTube (Pedro d’Avila). Mais informações sobre seu trabalho estão disponíveis no site https://www.pedrodavilapiano.com/.

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