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[Dia da Educação] Conheça estudantes da rede pública que, mesmo em meio à pandemia, obtiveram destaque em Petrópolis

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[Dia da Educação] Conheça estudantes da rede pública que, mesmo em meio à pandemia, obtiveram destaque em Petrópolis

Eles superaram os obstáculos vindos com a pandemia e conquistaram a sonhada vaga em universidades federais e estaduais

De um dia para o outro eles se viram sem a companhia dos colegas a que estavam acostumados, em rotinas diferentes de tudo que já haviam vivenciado e com o desafio de desenvolverem seus métodos próprios de estudo. No Dia da Educação, conheça estudantes da rede pública de Petrópolis que, mesmo em meio à pandemia, obtiveram destaque nos estudos e conquistaram a sonhada vaga numa universidade federal.

Fotos: Divulgação

Natural de Caxias, Anthony Costa, de 19 anos, cursou os quatro anos de Ensino Médio do Cefet Petrópolis integrado ao curso técnico de Telecomunicações da instituição. Numa rotina que consistia em subir e descer a Serra diariamente, ele conta que, ainda que estivesse acostumado a uma carga intensa de estudos, a falta da convivência com os colegas e professores fez com que reinventasse suas metodologias, horários e estratégias para manter o foco.

“Sem os intervalos, os professores e amigos, a coisa se torna muito maçante, então comecei a estudar três horas todo dia antes de fazer minhas obrigações. Com isso você acaba criando um modo próprio de extrair o melhor das informações. Tive momentos de foco e outros em que queria jogar tudo para o alto. Um hobby que arrumei foi cozinhar. Eu tinha muita curiosidade e me ajudou bastante”.

Aprovado para o curso de Engenharia de Telecomunicações, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Anthony fala sobre a importância tida pela base oferecida pelo Cefet: “Me ajudou muito no vestibular. Mudou minha forma de ver as matérias. Não é um ensino comum e ter a oportunidade de ter um ensino médio público numa escola daquele nível é uma coisa que te deixa com um pé na universidade. Devo muito ao Cefet”.

Assim como ele, quem também vai dar início ao ensino superior na Universidade Federal de Juiz de Fora é a petropolitana Juliana Lacerda, de 19 anos. Moradora do Independência e graduada pelo Colégio Estadual Rui Barbosa, Juliana foi aprovada no curso de Cinema da UFJF. Ainda em êxtase pela conquista, ela relembra os momentos em que foi preciso manter os olhos na meta final para não perder a motivação.

Na rede estadual, como aponta Juliana, o ensino na pandemia foi restrito a aulas remotas pelo Google Classroom. Sendo assim, não havia encontros ao vivo como em alguns outros segmentos. “No Estado a dificuldade de manter uma aula à distância é muito difícil. Muitos não têm condições de manter um computador ou uma conexão de internet, então só recebíamos exercícios e algumas explicações pela plataforma”.

Tendo que estudar por conta própria para a execução dos vestibulares, Juliana explica que, aos poucos, foi capaz de conciliar o ambiente familiar com o educacional. Percebeu que, à noite, tinha menos distrações e, diariamente, mantinha em mente o porquê do sacrifício. “Para manter o foco eu estava à noite ou de madrugada, mas tentava manter minhas oito horas de sono para ter energia no dia seguinte. E todo dia pensava no porquê daquilo tudo”.

A exemplo de Juliana, quem também cursou o ensino médio no Colégio Estadual Princesa Isabel é o petropolitano Caio José Peterman Tesch, de 17 anos. Aprovado para o curso de Engenharia Elétrica, Robótica e Automação Industrial pela UFJF, Caio revela que fez dos jogos online sua principal válvula de escape durante a pandemia. Nos momentos em que precisava se sentir próximo dos amigos, era nas partidas que os reencontrava.

“Com os jogos eu não me senti isolado porque eu estava sempre com os meus amigos, conversando, jogando. Com certeza foi um hobby que ajudou bastante. Foi poder ter essa interação. A adaptação não foi fácil. Tenho um irmão mais novo, então tenho que ajudar nas tarefas de casa. No começo os estudos ficaram um pouco prejudicados, mas isso foi melhorando ao longo do tempo porque passei a definir meus próprios horários”.

Num período em que a força de vontade dos estudantes foi colocada à prova, Anthony, Juliana e Caio, a exemplo de tantos outros, mostraram que quando o assunto envolve um sonho, não há obstáculo incapaz de ser superado.

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