Ônibus lotados e filas para comprar ovos de Páscoa; veja como foi primeiro dia de novas medidas restritivas em Petrópolis

O primeiro dia de novas medidas restritivas em Petrópolis foi marcado por denúncias e registros de terminais cheios, ônibus lotados, protesto de empresários que são contra o fechamento das lojas e até fila para comprar ovos de Páscoa.

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O decreto para abertura apenas do comércio essencial por 7 dias tem como objetivo diminuir a transmissão da covid-19 na cidade neste momento em que hospitais apresentam alto índice de ocupações em leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O número de atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios nos pontos de apoio também aumentou em 52% em comparação com o mês passado. Segundo a Secretaria de Saúde de sexta-feira (26) a domingo (28) foram feitos 800 atendimentos nesses locais. Em todo o mês foram 6.468.

Com a adoção das novas medidas restritivas, apenas os serviços essenciais podem funcionar, como farmácias, mercados, quitandas e padarias. O decreto publicado na segunda (29) vale até domingo (4).

Ônibus lotados

Já no início da manhã, as denúncias eram de terminais e pontos de ônibus cheios. Também houve registro de aglomeração no interior dos coletivos.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), a operação dos ônibus começou com horário de sábado com reforços e as empresas foram pegas de surpresa com a grande movimentação de pessoas.

“O Setranspetro defende todas as medidas de isolamento e distanciamento e não imaginava que hoje pudesse ter a demanda apresentada, diante da queda que vem acontecendo desde sexta-feira (26). Diante disso, todas as operadoras vão passar a operar com horários de dias úteis nos momentos de pico para as linhas troncais e de grande movimentação de pessoas”.

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A Sou Petrópolis questionou ao Setranspetro sobre a possibilidade de fiscais orientarem os passageiros nos terminais e pontos de ônibus sobre o distanciamento social e também se há alguma campanha educativa em andamento para que sejam colocadas nesses espaços e no interior dos coletivos e aguarda retorno.

Fila para comprar ovos de Páscoa

A maior parte das lojas ficaram fechadas nesta terça-feira. Porém, algumas foram flagradas descumprindo as ordens do novo decreto. Pela manhã foi registrada uma fila de pessoas na porta de uma loja de departamentos no Centro da cidade. Os clientes aguardavam para comprar ovos de Páscoa.

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Após receber a denúncia, uma equipe da fiscalização da Prefeitura foi até o local e a loja fechou as portas imediatamente, funcionando em seguida apenas para delivery e take-away.

Intimação e Multa

Outra loja de departamentos que também fica na Rua do Imperador foi multada em R$ 2 mil durante a Operação Choque de Ordem da Prefeitura na tarde desta terça. Segundo o município, o estabelecimento foi orientado pela manhã e voltou a desobedecer as normas previstas pelo decreto na parte da tarde.

“Tentavam burlar o decreto com o sistema take-away, porém, permitiam que clientes escolhessem os produtos pela vitrine e efetuassem o pagamento na porta do local, além de não ser permitido ainda estava gerando aglomerações”, explica a secretária de Serviços, Segurança e Ordem Pública, Karina Bronzo, acrescentando que estabelecimentos que insistirem no descumprimento do decreto podem ser interditados.

Foto Divulgação PMP

Outros sete estabelecimentos foram intimados a fechar as portas nos bairros e distritos pela durante a mesma operação.

Protesto de empresários

Um grupo de empresários foi até a sede da Prefeitura na Avenida Koeler nesta terça para pedir que o prefeito interino Hingo Hammes flexibilizasse a decisão de manter as lojas fechadas, mas encontraram os portões fechados com cadeados.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que não havia reunião agendada e disse que as medidas adotadas foram amplamente discutidas antes do anúncio do decreto na tarde de segunda-feira com representantes da sociedade civil organizada, como a Câmara de Dirigentes Lojistas, a Associação de Lojistas da Rua Teresa (Arte), lojistas da 16 de março, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, além de equipes das áreas de saúde das redes pública e privada.

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