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Petrópolis completa um ano desde o 1º registro de morte por Covid-19; hoje a doença já fez 622 vítimas

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Petrópolis completa um ano desde o 1º registro de morte por Covid-19; hoje a doença já fez 622 vítimas

Luiz Villela morreu em 20 de março de 2020 no Hospital Santa Teresa. Depois outras 621 famílias também perderam um ente querido vítima da doença. Segundo o diretor executivo do HST, o município pode estar enfrentando o 3º pico da doença e o principal para salvar vidas, além da vacinação, é evitar que o vírus circule.

Foi em dezembro de 2019 o registro do primeiro caso de covid-19 em Wuhan, epicentro da doença na China. Naquele momento ainda não era possível imaginar o que aconteceria nos próximos meses e ano. O vírus se espalhou mundialmente provocando milhões de vítimas de norte a sul. E neste sábado (20) completa um ano da primeira morte por covid-19 em Petrópolis.

Luiz Villela tinha 65 anos e havia voltado com a esposa de viagem ao Egito quando os dois começaram a sentir tosse e fadiga. Eles estavam em casa em Araras e ali já decidiram fazer a quarentena voluntariamente. Depois, com falta de ar, acabaram internados no Hospital Santa Teresa (HST).

Luciana e seu pai, Luiz Villela, a primeira vítima de coronavírus em Petrópolis e a terceira no Estado do Rio (Foto: Acervo Pessoal)

Luiz, que não tinha nenhuma doença preexistente, não resistiu a covid-19. Ele morreu em 20 de março de 2020. Na época, a filha, Luciana Villela, que mora em Portugal deu entrevista à Sou Petrópolis e disse: “Esse vírus não escolhe”.

Nestes 365 dias que se passaram outras 621 vidas foram perdidas na cidade e os números de óbitos continuam aumentando a cada dia. Para o diretor executivo do HST, Leonardo Menezes, este 20 de março representa o marco inicial da tragédia que é a pandemia do novo coronavírus não só na cidade, mas no mundo todo. E ele afirma que o cenário hoje é ainda mais preocupante.

“Atualmente, estamos passando talvez pelo período mais difícil deste um ano de pandemia, enfrentando possivelmente um 3º pico, com números de casos e mortes bastante volumosos”, diz.

Leonardo destaca que é importante que a população tenha empatia pelo seu semelhante, pelos profissionais da saúde que têm se desdobrado, vivendo uma fase de esgotamento não só físico, como mental, para cuidar das pessoas que mais precisam.

“O que vai salvar vidas é evitar que a doença circule”, diz diretor executivo do HST

“O mais triste e relevante dessa história é que não estamos falando simplesmente da abertura de mais leitos a cada dia, porque quanto mais leitos, mais profissionais serão necessários para atender, mais pessoas ficarão internadas e isso não necessariamente vai significar que mais vidas serão salvas. O que vai salvar mais vidas, além da questão da vacinação que é de suma importância, é simplesmente evitar que a doença circule”, alerta Leonardo.

Veja também: Petrópolis bate novo recorde de internações por Covid-19 com 233 pacientes hospitalizados

Foto Reprodução Internet

Para isso, o diretor executivo do HST reforça que é preciso manter o distanciamento social, usar álcool gel, usar máscara e evitar aglomerações e saídas desnecessárias. “Infelizmente chegamos a mais de 600 mortes na cidade e, se não fizermos nada para barrar a progressão da doença, esses números vão aumentar mais e mais. Então quem puder, por favor, fique em casa!”

O Hospital Santa Teresa (HST) afirma que o mês de março está sendo o segundo mês com maior número de atendimentos a pacientes sintomáticos por dia (média de 129 atendimentos), desde o início da pandemia.

O maior número até então havia sido registrado em dezembro, quando 150 pacientes foram atendidos em média por dia na unidade. Em janeiro, os números caíram para 60 atendimentos em média por dia, voltando a crescer no fim de fevereiro.

Dados do Painel de Monitoramento

Dados do painel epidemiológico que monitora os casos de covid-19 em Petrópolis revelam que o maior número de óbitos por covid-19 na cidade aconteceu em janeiro deste ano – 109. O número ficou acima de dezembro de 2020 quando 91 pessoas morreram.

Desde março do ano passado, 22.795 pessoas foram diagnosticadas com covid-19 na cidade – uma média de 62 casos por dia. Ainda segundo o painel, a doença atinge mais homens que mulheres no município– 45,5% de mulheres e 54,4% homens. A faixa etária que mais foi diagnosticada com a doença até agora em Petrópolis é de 20 a 79 anos.

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