Sem previsão de reabertura, academias de Petrópolis se adaptam à rotina de dar aulas online
As academias e estúdios de atividades físicas em Petrópolis têm sido um dos segmentos mais afetados pelo isolamento social necessário para conter a disseminação do coronavírus. Por ordem da prefeitura, todas as academias do município estão impossibilitadas de funcionar desde março, e sem previsão para retornarem com as atividades. A medida, embora justificada, vem prejudicando financeiramente os profissionais da área. De acordo com o Conselho Regional de Educação Física (CREF) em Petrópolis, existem 91 academias e estúdios na cidade, e 884 profissionais de Educação Física foram diretamente afetados pela paralisação.
Foto Arquivos Sou Petrópolis
A Academia de Jiu-Jitsu Gracie Barra, no distrito de Itaipava, está sem abrir as portas há três meses e perdeu cerca de 65% dos alunos matriculados. Com as aulas presenciais interrompidas, o professor e franqueado da unidade, Rodrigo Scott, afirma que a academia precisou encontrar maneiras alternativas de seguir com as atividades: “Estamos em contato direto com os alunos pela internet, e usando formas online de adaptar o nosso trabalho com a nova realidade”.
Foto/Reprodução/Instagram @graciebarraitaipava
Por se tratar de um esporte que exige muito contato físico, Rodrigo admite não saber como será daqui pra frente com o Jiu-Jitsu: “É algo que eu me pergunto todos os dias. Estamos vivendo um momento muito complicado para a manutenção da atividade”.
Apesar do prejuízo causado pelo decreto de paralisação da prefeitura, Rodrigo afirma ser a favor das medidas: “Concordamos sim com as portas fechadas mesmo sabendo que põe em risco a nossa atividade. Nossa filosofia é sempre o comprometimento com a saúde e o coletivo, o que julgamos ser fundamental, nesse momento, as academias estarem com suas atividades suspensas”, finalizou.
Foto Divulgação / Bernan Vieira
Com as academias fechadas, planos cancelados e incertezas sobre o retorno das atividades, diversos estabelecimentos e profissionais do segmento precisaram se adaptar com a nova realidade, como foi o caso da professora de musculação Beatriz Azevedo, de 22 anos.
Há mais de três meses sem trabalhar e com o salário reduzido, Beatriz utilizou da tecnologia como ferramenta para seguir com a profissão: “Estou dando aulas por vídeo chamada, aulas em grupo pela internet e consultoria online todos os dias, pois mesmo com o isolamento social, as atividades físicas são essenciais para a saúde e garantem mais imunidade ao corpo”.
Foto Arquivo Pessoal Beatriz Azevedo
A nova maneira de trabalhar de casa, embora seja uma prática totalmente diferente da rotina agitada que Beatriz levava antes da pandemia, também teve seu lado favorável graças à tecnologia, e a professora agora dá aulas para pessoas de outras cidades e até de Brasília. E Beatriz garante que não são necessários equipamentos especiais para a prática de exercícios em casa: “É possível criar séries de treino com métodos utilizando o próprio corpo e materiais que temos ao nosso alcance, como cadeiras, escadas, sacos de arroz e cordas”.
Foto Arquivos Pessoal Beatriz Azevedo
Para manter o corpo ativo e saudável, Beatriz aconselha: “Há diversas formas de praticar exercícios físicos nesse período, mesmo estando em casa. Esse é um momento da gente se adaptar e praticar o isolamento social o máximo possível, para protegermos uns aos outros”, concluiu.
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