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Sem poder abraçá-las, profissionais de saúde de Petrópolis mandam mensagens para suas mães 

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Sem poder abraçá-las, profissionais de saúde de Petrópolis mandam mensagens para suas mães 

Há mais de 50 dias que Bárbara Lopes não abraça sua mãe e Tatiane Jardi não vê sua filha. Há mais de 50 dias elas vivem a insegurança de contrair a Covid-19 e a saudade de poder estar junto novamente de quem elas amam. O que une Bárbara de Tatiane é a paixão por uma mesma profissão: a enfermagem.

Profissionais de saúde de Petrópolis, que não vão poder abraçar suas mães neste Dia das Mães mandaram mensagens, de longe, para elas / Montagem Sou Petrópolis

As duas estão na linha de frente do combate ao coronavírus em unidades de saúde de Petrópolis. Em entrevista à Sou Petrópolis elas contaram sobre as mudanças que precisaram fazer em suas vidas para proteger seus familiares e como será esse Dia das Mães.

Bárbara, de 25 anos, trabalha no centro cirúrgico no Hospital Santa Teresa e, logo quando surgiram os primeiros casos de coronavírus em Petrópolis, ela decidiu que sairia de casa para morar com uma amiga, também enfermeira. A mãe dela, Célia Lopes, de 54 anos, faz parte do grupo de risco da Covid-19 por ter problemas cardíacos.

Foto Arquivo Pessoal Bárbara Lopes

Pensando em protegê-la, esse ano o Dia das Mães será diferente. Apesar de não poderem se abraçar, Bárbara conta que a família é a sua maior fortaleza nesse momento. “Eu acredito que não fui escolhida para ser enfermeira sem um motivo, e não estou passando por isso sem um por quê. Na verdade, acho que todos nós estamos passando por uma evolução, e espero de coração que a gente aprenda algo com isso. Mas o medo e a ansiedade estão presentes todos os dias. É respirar fundo e entender que precisamos nos cuidar e segurar firme. O amor da minha mãe e da minha família é a minha maior força”, conta.

Para a caxiense Tatiane, de 36 anos, a saudade é em dobro. Nesse Dia das Mães ela vai ter que passar longe da filha, de 9 anos, e da mãe, de 63 anos, que é hipertensa e, portanto, faz parte do grupo de risco da Covid-19. Sem se verem há dois meses, a enfermeira conta sobre a falta que sente delas.

“Eu tive que abrir mão da minha filha, que está há dois meses com a minha mãe em Caxias (onde vive a família dela, apesar de trabalhar e morar em Petrópolis). A saudade está muito grande. A gente se fala todo dia pelo WhatsApp, mas está muito complicado isso. Eu tive que mudar toda a minha rotina e tivemos que nos distanciar. Mas fico mais tranquila com elas lá embaixo, porque meu medo de passar alguma coisa pra elas é real”, explica.

De longe, Tatiane e a filha matam a saudade pelo WhatsApp. A enfermeira contou que a filha escolheu a cor verde no cartaz por ser a sua cor favorita. Foto Arquivo Pessoal Tatiane Jardi

Bárbara e Tatiane representam milhares de profissionais de saúde que, por cuidado com quem eles amam, tiveram que se afastar durante a quarentena. Neste domingo de comemorações, para homenagear as mães deles, pedimos que enviassem fotos com mensagens do que eles gostariam de dizer para elas. O resultado foi emocionante:

Para ver mais boas iniciativas em Petrópolis, durante o período da quarentena, clique aqui.

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