Quem é a Teresa da Rua Teresa?

Toda semana a gente passa, marca encontros ou fala dessas ruas. Mas qual a história por trás desses nomes? O que fizeram essas pessoas de tão importante para ganhar um nome de rua da nossa cidade? Com a ajuda da historiadora Claudia Costa, listamos para você.

Rua Teresa

O nome da rua é uma homenagem à esposa do Imperador D. Pedro II, a imperatriz Teresa Cristina. A Rua Teresa foi a primeira rua a dar acesso ao centro da cidade de Petrópolis e a receber tráfego de veículos, inicialmente carroças transportadas por animais e mais tarde os primeiros veículos automotivos. Que moral, heim?

Acervo Público e Arquivos SOU

Avenida Barão do Rio Branco

José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nasceu no Rio de Janeiro e entrou para a história do Brasil pois quando encarregado de resolver questões de fronteira incorporou mais de 900 mil quilômetros ao território brasileiro, de forma diplomática e sem a necessidade de qualquer conflito armado. Mais tarde, ele se dedicou à carreira jornalística. Gente, tem como ressuscitar esse cara?

Acervo público e Arquivos SOU

Rua Paulo Barbosa

Paulo Barbosa era mordomo da casa Imperial. Oi? Isso mesmo! Mas esqueça a roupinha de pinguim e a bandeja na mão. Além de ter seguido a carreira militar e ter estudado engenharia, ele é para muitos uma das principais razões de podermos chamar Petrópolis de cidade. Foi ele quem teve a iniciativa de retomar os planos de D. Pedro I e construir um palácio de verão no alto da serra da Estrela. Junto com o engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, ele elaborou um plano para fundar o que ele denominou “Povoação-Palácio de Petrópolis” O objetivo da missão foi colonizar a região, estimular a produção agrícola e o crescimento de uma nova população. E foi dessa mentalidade de substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre que nasceu Petrópolis. Arrasou, Paulo!

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Avenida Koeler

Esse é, talvez, o nome mais importante para a história da nossa cidade. O alemão Júlio Frederico Koeler foi o responsável pela urbanização da cidade, ou seja, dividir as terras, ocupá-las e construí-las, criar estradas, desenvolver os sistemas de abastecimento de água e esgoto, e embelezá-la, claro. Koeler mudou o padrão português, que determinava quais rios deveriam estar por trás das casas e servir como coletor de dejetos, e os tornou parte da arquitetura urbana, passando pela frente das casas e determinando o curso das ruas. Muitos questionam, e com razão, que o plano urbanístico prevalecia os nobres, mas poucos questionam o seu bom trabalho, que inclusive já previa as possíveis inundações com as chuvas de verão e alertava para a importância da manutenção das florestas, principalmente nas encostas. Por que é que a gente não seguiu esses conselhos mesmo?

Acervo Público e Arquivos SOU

Rua Aureliano Coutinho

Aureliano Coutinho seguiu carreira militar, estudou direito e exerceu vários cargos na política do Brasil. Quando foi à província do Rio de Janeiro, liderou a construção da estrada para a Serra da Estrela, por onde passaram mais de 500 famílias alemãs, criando a colônia que mais tarde se tornou Petrópolis. Obrigada, Aureliano!

Acervo Público e Arquivos SOU

Rua Dr. Nelson de Sá Earp

Arquivo Câmara Municipal e Arquivos SOU

Dr. Nelson de Sá Earp é o único petropolitano dessa lista. Ele estudou medicina no Rio de Janeiro, tornou-se um clínico cirurgião respeitado e assumiu a diretoria do Hospital Santa Tereza. Ele é o responsável pela fundação do primeiro pronto socorro municipal (hoje, Hospital Municipal Doutor Nelson de Sá Earp). Além disso, ele ajudou a fundar a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e foi o primeiro professor de Medicina Legal da UCP. Nelson de Sá Aerp também foi prefeito da cidade entre 1959 e 1963. Nelson, a você, o nosso orgulho!

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