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Treinadora renomada supera obstáculos e desenvolve projetos sociais em Petrópolis

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Treinadora renomada supera obstáculos e desenvolve projetos sociais em Petrópolis

Conheça a história de Georgette Vidor, treinadora do time de ginástica do Flamengo, que adotou a cidade para passar seus conhecimento para jovens atletas 

Georgette Vidor Mello é petropolitana de coração. A atual treinadora do time de ginástica do Clube do Flamengo e ex-treinadora da Seleção Brasileira, divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e Petrópolis, onde realiza projetos sociais voltados para o incentivo ao esporte.

Fotos: reprodução instagram @georgettvidor

Após sofrer um acidente que a deixou paraplégica em 1997, a carioca não permitiu que os obstáculos guiassem a sua vida. Em 2003, Georgette deu início a um projeto no SESI com apoio da Firjan, e também passou por algumas escolas nos bairros Pedro do Rio, São Sebastião e Cascatinha, na Fábrica do Saber, onde, atualmente, funciona o projeto com apoio da Firjan. A treinadora também mantém uma academia particular no Clube Campestre de Nogueira.

Sobre sua orientação, hoje, nos projetos, estão cerca de 600 alunos de todas as faixas etárias à idade adulta.

Carreira profissional

São 50 anos de trabalho dedicados à ginástica artística. A coordenadora técnica conta que começou no esporte muito cedo, com 15 anos, como ginasta no Flamengo e, em seguida, no Fluminense. Tendo seu professor percebido o seu talento para ensinar. Desde então, Georgette se dedica ao trabalho. São mais de 50 títulos, desde estaduais, nacionais  e internacionais conquistados nos clubes em que atuou. Sendo 25 anos como técnica do Clube de Regatas do Flamengo, 15 anos de seleção brasileira e 7 como coordenadora das seleções nacionais femininas.

Fotos: reprodução instagram @georgettvidor

Não à toa, é considerada uma das técnicas mais respeitadas do país.

“As pessoas dizem que sou uma pessoa rígida, perfeccionista, mas faço meu trabalho com disciplina e bem feito. Me proponho a fazer o melhor, tenho compromisso com o esporte. Estou qualificando pessoas para serem excelentes profissionais. Foi dessa forma que criei as ginastas e é assim que ainda trabalho como coordenadora técnica”, expressa Georgette. 

Formando ginastas

Com 19 anos, Georgette já tinha feito a primeira campeã estadual, Luísa Parente. Nomes consagrados no esporte como a Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Daniele Hypólito também já passaram pela coordenação  da treinadora. 

E os bons frutos também estão sendo colhidos nos projetos sociais de Petrópolis. Como a petropolitana Ana Paula Delgado que, com apenas nove anos, conquistou a medalha de ouro do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística.

Vida política

Também voltada para questões sociais, em 2002, Georgette se elegeu Deputada Estadual, criando a primeira Comissão Permanente em Defesa das Pessoas com Deficiência em Assembleias Legislativas Estaduais do Brasil. Entre os trabalhos realizados no âmbito também está a criação do selo de Acessibilidade – ouro, prata e bronze.

Acessibilidade

Além do esporte, Georgette luta pelos direitos das pessoas com deficiência. No ano de 1997 ela sofreu um acidente que a deixou paraplégica.

“Ginástica é a minha vida, mas também luto pela questão da deficiência, onde a acessibilidade ainda precisa ser vista pelos governantes. E aqui em Petrópolis isso é um problema muito grande ainda. Fui à Catedral após a reforma, quando fizeram uma rampa para cadeirante. Outro problema são as vias de paralelepido, são inúmeros os problemas para a locomoção de um cadeirante”, relatou.

Esporte em Petrópolis

Georgette diz  que ter ajudado a desenvolver a ginástica olímpica no país é o maior motivo de orgulho de toda a sua carreira, além de estar podendo contribuir com os projetos na cidade. A treinadora, que mantém residência e declara seu amor por Petrópolis, lamenta a falta de mais investimento no esporte.

Fotos: reprodução instagram @georgettvidor

“Não podia estar aqui e não passar meu conhecimento, e luto para continuar. Sempre fui ouvida e aceita pelo poder público na questão do esporte. Infelizmente a cidade passou por essa tragédia, que causa um desequilíbrio em todos os setores. Acredito que se não fosse isso, o esporte estaria tendo mais atenção, mas estamos evoluindo”, pontua Georgette.

Acompanhe o trabalho da treinadora no Instagram @georgettevidor

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