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Mãe por adoção: jornalista de Petrópolis conheceu filho na fila de um evento

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Mãe por adoção: jornalista de Petrópolis conheceu filho na fila de um evento

‘Ao olhar para ele meu coração disparou’, revela Carla Coelho que adotou o João em 2018

Uma gestação tubária e o sonho de ser mãe levou a jornalista petropolitana, Carla Coelho, ao processo de adoção. Ela conheceu o filho João, que agora tem 18 anos, na fila de um evento: “Ao olhar para ele meu coração disparou”, disse.

João, na época, tinha 12 anos e vivia em um abrigo, que recebeu ingressos para participar de um espetáculo produzido por Carla e pelo marido. “Foi, literalmente, amor à primeira vista. Eu sempre digo que naquele segundo eu me tornei mãe”, comenta.

Foto: Arquivo pessoal

Antes de conhecer João, o casal já estava na fila de adoção. Processo que, segundo Carla, durou quase um ano. “Iniciamos em 2015 e recebemos a confirmação de que éramos aptos para a adoção em 2016”, recorda a jornalista.

O contato com o então filho veio um ano depois. “Conhecemos João no dia 02 de julho de 2017. Eu ia todos os domingos visitar o Lar. Passava as manhãs com as crianças. Oficialmente, não podia visitar somente o João, pois é ilegal antes da autorização do Juiz, conta Carla.

As visitas aos domingos não eram suficientes para Carla, que buscou alternativas para estar mais tempo com o menino. “Consegui diversos passeios para todas as crianças do abrigo. Íamos ao cinema, ao circo. Foi um passo para a nossa aproximação”, lembra a jornalista.

A petropolitana lembra do dia em que João visitou o seu lar pela primeira vez.” Ele veio para a primeira visita no dia 23 de dezembro de 2017. ”Ele estava tranquilo e eu assustada. Na primeira noite acordei várias vezes para ver se ele estava bem. Mas foi emocionante”.

Primeira saída do João com os pais

Questão de encontro e escolha, como define Carla, o processo de adoção até o sonho de se tornar mãe do João. “A adoção legal, alteração de nome foi no dia 19 de junho de 2018. Nos escolhemos e nos amamos. João é, sem sombra de dúvidas, o maior amor da minha vida. Já não consigo mais me lembrar da minha vida sem ele”.

Desafios

A jornalista destaca também os desafios da adoção já que existe toda uma história de abandono por trás da criança que está em um abrigo. “Lá, ele era apenas um número. Receber afeto era difícil para o João”, revela.

Atualmente, ela descreve o filho como um adolescente com todos os costumes da sua idade e  confessa ser uma mãe ciumenta. “Eu chorei na primeira vez que o deixei na escola. Morri de ciúme quando soube do primeiro beijo e da namorada”.

Mãe é quem cria

O fato de não ter vínculo sanguíneo com a mãe, não faz diferença para João, que com o tempo foi se adaptando e trazendo pequenos detalhes, que no entanto fortaleceram a relação de filho e mãe.

“No início a chamava de tia Carla. Foi tudo um processo, até chegar o dia em que a chamei de mãe. Eu não sabia se era normal. Lembro de ter dado um frio na barriga, mas foi um passo enorme na nossa relação”, comenta o adolescente.  

Foto: Arquivo pessoal

O jovem vem seguindo os conselhos e os passos da mãe, melhorando a comunicação e estudando teatro. “Eu não era muito bom com as palavras e com a escrita. O curso de teatro está me ajudando tanto na vida profissional, quanto social”.

São cinco anos de convivência e amor. A relação entre mãe e filho é descrita por João como se fosse de outras vidas.

“Hoje eu posso dizer tranquilamente que somos melhores amigos, já tivemos aqueles momentos de brigas e hoje é bem mais tranquilo. Parece que eu sou filho dela desde que nasci. Quando me perguntam se ela é minha mãe de verdade digo: mãe é quem cria, mãe é quem dá amor”. 

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