Conheça Edson Custodio, designer que transporta Petrópolis para o mundo da ficção por meio da arte

Neste dia 27 de abril é comemorado o Dia Mundial do Design Gráfico. Em Petrópolis, um artista que se destaca neste cenário é o jovem de 29 anos Edson Custodio, conhecido nas redes por transportar a cidade para mundos ficcionais de séries, filmes e animações em suas artes.

Foto: Divulgação

O reconhecimento, porém, não acontece apenas em Petrópolis. Em 2022, o ilustrador foi notado pela Netflix, empresa cujas produções inspiraram diversos trabalhos do artista. Edson foi o responsável pelo desenvolvimento das artworks originais do filme “¡Qué viva México!” (ainda não disponível no Brasil) e da série/novela “LasVillamizar”, que já estreou. A expectativa é de que, futuramente, mais trabalhos sejam realizados em parceria com a marca.

Divulgação de LasVillamizar. Foto: Arquivo Pessoal

Além disto, o designer também foi contratado pela DarkSide Books, editora brasileira especializada em terror, fantasia e true crime, que se destaca no mercado pelo trabalho gráfico diferenciado. Lá, o petropolitano desenvolve projetos de marketing digital da empresa, bem como na criação das capas de alguns livros, dentre eles “Ed &Lorraine Warren: Luz Nas Treva” e “A Ilha Perdida Gullstruck”.

Foto: Divulgação

Confira a entrevista

De onde vem a sua ligação com a arte? É algo que você gosta desde criança?

EC: Sim, desde criança eu sou apaixonado por arte. Adorava desenhar, fazer esculturas com massinhas e a minha matéria favorita era Artes.

As artes visuais se manifestam de diversas formas, como pintura, desenho, fotografia, etc. Nas suas criações, a gente percebe uma mistura destes e mais elementos. Como funciona o seu processo criativo e de onde veio a ideia de misturar o real e o ficcional?

EC: Realmente eu sou um mix de referências. Filmes, séries, livros, músicas e cultura pop sempre foram gatilhos criativos para mim. Se eu gosto de alguma coisa, sempre tento usar nas minhas criações. Adoro viajar por mundos e também compartilhar com todos aquilo que sou fã.

Produções Hollywoodianas sempre me encheram os olhos, viver em um cenário de filme ou pelo menos passar por onde foi feito determinado projeto é algo que me deixa em êxtase. Então por que não criar coisas que gosto tanto na minha cidade?

Foi assim, e com a vontade de ter uma assinatura própria com minhas criações ao ponto de olharem e saberem que fui eu quem fiz, que comecei as minhas manipulações por Petrópolis.

Foto: Divulgação

De onde vem tanta criatividade e quais são as suas maiores inspirações?

Meus gatilhos para inspiração são sempre as músicas, os filmes e as séries. Às vezes vem no automático uma cena exata de como eu quero tal situação na montagem, ou então eu vou em busca do cenário e crio tudo do zero.

Por qual motivo você decidiu seguir pelo caminho do design? Pra você, qual a importância da profissão?

EC: No ínicio eu não sabia da existência dessa profissão, foi no meu ensino médio que comecei a descobrir. Eu ficava encantado com revistas, principalmente com as fotografias. Queria saber como funcionava aquele “aspecto perfeito” das fotos.

Entendi que era um programa que fazia isso, o Photoshop, mas não tinha ideia de como usar. Comecei a estudar muito sobre, por conta própria no início, porque era algo que eu realmente amava e percebi um mundo cheio de possibilidades com essa ferramenta.

Obviamente o mundo do design gráfico não é só photoshop ou ferramentas, existem diversos pontos e expertises a serem considerados, mas foi ali então que vi uma oportunidade de trabalhar com isso.

Além de ser muito perfeccionista com tudo que faço, também fiz alguns muitos cursos para a área até conseguir meu primeiro estágio em agência de publicidade e, após isso, nunca mais parei. É um aprendizado diário.

Foto: Divulgação

O trabalho de Edson pode ser encontrado nas redes sociais @edsoncustoodio

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