Conheça a enfermeira que vem ajudando mães de Petrópolis durante a gravidez e o puerpério
Patrícia Alexandre Santos é a criadora do projeto Rede de Mães, que desenvolve a maternidade por meio de atividades e palestras em Petrópolis
O Dia das Mães é comemorado neste domingo, 11 de maio. E para celebrar a data, conversamos com uma mulher que é referência em maternidade e ainda criou um grupo para ajudar outras mães no desafio de viver a gravidez e criar seus filhos, o Rede de Mães. Conheça a enfermeira Patricia Alexandre Santos, de 37 anos.
Fotos: @mariachafir
Dentro da área da saúde, a profissional começou a enxergar todas as responsabilidades que recaem sobre as mulheres durante o maternar e após ele, no cuidado com seus filhos. Ela então decidiu se especializar, se tornando também consultora em amamentação.
“Passei a compreender que o parir, amamentar e o maternar são processos coletivos. Ou seja, pra que possam dar certo, exigem uma participação da sociedade: profissionais de saúde, familiares, politicas de direitos trabalhistas e por aí vai. Atribuir a qualidade dessas funções a uma única pessoa, a mãe, é uma realidade que precisamos desconstruir e começarmos a nos responsabilizamos enquanto comunidade”, aponta.
Fotos: @mariachafir
Mudanças com a maternidade
Patricia tem dois filhos, Guilherme, de 7 anos, e Daniel, de 3 anos. Desde que se tornou mãe, sua forma de enxergar o mundo e o coletivo mudou ainda mais. “Entendi que não dá pra criar um filho sozinha. Aquela história de que precisa de uma aldeia inteira pra criar uma criança, é verdade”, reforça.
Com essa maturidade, porém, veio também a culpa materna e a necessidade de trabalhar a saúde mental durante a maternidade. “Aproveito para ressaltar a importância da campanha do Maio Furta Cor. A saúde mental materna importa. Precisamos estar bem e nos enxergar pra que nossos filhos estejam bem também”, pontua.
Fotos: Arquivo Pessoal
Rede de apoio
Foi dessa necessidade de se acolher e ajudar outras mães que nasceu o Rede de Mães, um projeto onde as participantes se encontram mensalmente para compartilhar suas experiências no maternar.
“Minha vontade de ajudar outras mães vem da necessidade de ser voz para àquelas que precisam ser empoderadas sobre seus direitos. Vem do desejo de ser um canal para que elas se empoderem sobre suas escolhas, seus desejos, seus corpos, seu maternar.
Vem do anseio de que possamos nos enxergar como mães, nas nossas diferenças e semelhanças e, juntas, possamos nos fortalecer”, declara.
Para Patricia, quando gestantes e puérperas iniciam um movimento de se olharem, de se ajudarem e de trocarem suas experiências, elas passam a entender que não estão sozinhas.
“Assim, começamos uma bonita construção de compartilharmos nossos saberes e desafios, e começamos a aprender juntas. Isso é bonito de se ver e de viver. Vida longa a nossa bonita Rede de Mães e todos os movimentos que apoiam a saúde mental materna, os direitos do matenar, o empoderamento feminino e a parentalidade”, comenta.
Foto: @mariachafir
Sobre o Rede de Mães
Os encontros do Rede de Mães acontecem uma vez ao mês no Ateliê Casa Tempo, em Corrêas, normalmente aos sábados ou domingos, de 10h a 12h.
Existe uma taxa de participação que varia entre R$ 30 e R$ 40, direcionada para a manutenção do espaço e para um fundo usado para enviarem comidinhas gostosas para as participantes que tiveram bebê recentemente.
Foto: @mariachafir
As informações sobre o próximo encontro podem ser encontradas pelo Instagram @redede.maes.
Patrícia define a Rede de Mães como um espaço seguro para criar vínculos e deixar as lágrimas caírem. “Nos abraçamos tanto fisicamente quanto virtualmente, com palavras, e nos fortalecemos com a ajuda das outras que estão passando pela mesma fase ou passaram há pouco tempo. Ter esses encontros faz com que cada uma das mães possa se reconhecer nos olhos das outras”, finaliza.
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