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Curta metragem sobre única sobrevivente da Casa da Morte está concorrendo ao Prêmio Argila em Petrópolis

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Curta metragem sobre única sobrevivente da Casa da Morte está concorrendo ao Prêmio Argila em Petrópolis

“Se eu morrer” se desenvolve a partir de testemunhos sobre a história de Inês Etienne Romeu. Com produção e roteiro de Pedro Eiras, o filme pode ser visto no canal do Youtube do Petrópolis Film Comission

O curta metragem “Se eu morrer”, que conta a história de Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte de Petrópolis, está concorrendo ao prêmio Argila. Lançado em 2020, o documentário tem produção e roteiro de Pedro Eiras e pode ser visto no canal do Youtube do Petrópolis Film Comission.

Fotos: Aline Rickly e Arquivo do Estado de São Paulo

“Eu achei muito legal a iniciativa de ter o prêmio, termos algo voltado para o audiovisual petropolitano é muito bacana. Então é muito legal mesmo participar deste prêmio por ser o primeiro. E, principalmente, porque é uma chance de mais pessoas conhecerem a história da Inês. Muitos petropolitanos ainda não conhecem o que aconteceu na Casa da Morte, então qualquer esforço pra remediar isso é muito válido”, diz Pedro.

O roteirista conta que o interesse pela história da Casa da Morte surgiu por curiosidade e disse que ao descobrir a trajetória de Inês Etienne Romeu ficou fascinado. “Realmente é uma história de superação. Com tudo que ela passou e depois ter tido a coragem e o estado de espírito de conseguir contar tudo, trazer tudo à tona. Se não fosse ela a gente não saberia da Casa da Morte”.

Produção na pandemia

O curta foi gravado por um aplicativo durante a pandemia o que foi um dos grandes desafios, segundo Eiras. “É muito melhor quando podemos entrevistar as pessoas pessoalmente, mas consegui fazer tudo de casa, usando a internet e com custo baixo”, afirmou.

O produtor e roteirista afirmou ainda que entende a importância de preservar a memória do que a sociedade brasileira viveu durante os 21 anos de ditadura militar e disse que é preciso reforçar tudo isso nesse momento em que há muito negacionismo da história. “É importante para memória da cidade e do país lembrar o que aconteceu na Casa da Morte”.

A Casa da Morte

O imóvel que fica no Caxambu é conhecido como um dos principais centros clandestinos de tortura do país durante a ditadura militar.

Para o local, eram levados presos políticos, que seguem desaparecidos, com exceção de Inês que conseguiu fugir e denunciar o que ocorria na casa, assim como a identidade dos torturadores.

Inês morreu aos 72 anos, em abril de 2015, em sua casa em Niterói.

Sobre o prêmio e como votar

Para votar no curta metragem “Se eu morrer” basta acessar o canal do Youtube do Petrópolis Film Comission e clicar em “gostei”.

O Prêmio Argila do Audiovisual Petropolitano é uma premiação que pretende reconhecer e valorizar os trabalhadores do setor na cidade através da seleção e exibição de dez filmes produzidos em 2019 e 2021, além de homenagear o Acervo César Nunes, nome referência da produção audiovisual em Petrópolis.

Todos os filmes receberão cachê de exibição e os melhores receberão o troféu Argila, a partir de seleção de Júri Especializado e Popular.

A Categoria “Melhor Filme” escolhida pelo Júri Popular será aferida através do maior número de marcações “gostei” (curtir) no link do filme no canal da Petrópolis Film Commission no período de 23 de junho até 23 de julho de 2022.

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