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Fotógrafo de Petrópolis ganha projeção mundial trabalhando com Felguk e Alok

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Fotógrafo de Petrópolis ganha projeção mundial trabalhando com Felguk e Alok

Renan Piva tem 34 anos e é aquele petropolitano raiz que, apesar de conhecer diversos lugares, ama a cidade e não pensa em se mudar. Ele ainda faz cliques incríveis dos atrativos turísticos, das trilhas e da lua

Ele nasceu em Petrópolis e ama a cidade. Não à toa é conhecido por registrar imagens belas e únicas dos atrativos turísticos, das trilhas e da lua. Renan Piva tem 34 anos e vem ganhando cada vez mais projeção mundial trabalhando com grandes nomes da música eletrônica como Felguk e Alok.

Renan Piva/ Foto: Arquivo Pessoal

Com mais de 30 mil seguidores no instagram, Piva é referência quando o assunto é fotografia e ele revela à Sou Petrópolis como foi que começou sua relação com as câmeras.

“Foi bem inusitado. Eu fazia faculdade de Administração e praticava Parkour na época (2013). Comprei uma câmera compacta SuperZoom para filmar minhas práticas de parkour e também brincar com o enorme Zoom que a câmera tinha. Assim que comprei, tirei uma foto da Lua e muita gente reagiu no Facebook. Comecei a fotografar as lindas trilhas que eu fazia em Petrópolis, nascer e pôr do Sol, pontos turísticos petropolitanos e comecei a engajar de forma exponencial nas redes e atrair atenção de muita gente”, conta.

Registro das cerejeiras com o Palácio Quitandinha ao fundo/ Foto: Renan Piva

Na época, o fotógrafo conta que a atividade era apenas um hobby, nada mais que isso. “Muita gente começou a falar pra eu investir em fotografia e fui relutante no início. Com o tempo comecei a ver mercado nisso e também a vislumbrar um negócio que fosse meu e algo que eu realmente gostasse de fazer. Decidi então investir”, lembra.

Renan diz que na época não tinha dinheiro para comprar os equipamentos, mas teve todo o apoio dos pais e, a partir daí, os trabalhos foram aparecendo naturalmente. “Meus pais fizeram de tudo por mim, compraram todo equipamento e me apoiaram 100% nessa empreitada (o que foi muito importante)”, comenta Renan, que começou a trabalhar profissionalmente com fotografia aos 26 anos.

Autodidata

Autodidata, Renan aprendeu todas as técnicas e truques apenas com ajuda da internet. Ele diz que seguia um blog chamado  “Dicas de Fotografia”, onde a dona era fotógrafa e, segundo Renan, tinha uma didática muito boa, que ensinava desde os conceitos básicos de fotografia até cobrança de valores.

Apesar disso, ele não descarta a importância de um curso de fotografia, pois considera o meio mais rápido e prático de aprender e entender sem ter que pesquisar na internet, onde muitas vezes não é possível encontrar de forma clara o que precisa aprender. “Eu mesmo tenho planos de criar um curso online de fotografia, conteúdos com celular e edição”, revela.

O encontro com a música eletrônica

As redes sociais são importante instrumento de trabalho do fotógrafo e foi por meio delas que conseguiu o trabalho com o Felguk, quando em 2015, um amigo de Renan, que o acompanhava nas redes sociais, se tornou empresário da dupla e viu a necessidade de um fotógrafo oficial para registrar os shows.

Foto: Renan Piva

“Era uma profissão que praticamente não existia na época (DJ com fotógrafo exclusivo). Então o Gui veio até mim e me fez o convite para fazer um teste com Felguk no Carnaval de 2015 (8 shows em 5 dias). Topei (obviamente), viajei com eles e eles gostaram muito das minhas fotos e da minha pessoa também. Então fui contratado para ser oficial e exclusivo deles de imediato”, conta.

Vanessa da Mata e Felguk/ Foto: Renan Piva

O fotógrafo diz que foi um desafio porque até então, ele só fotografava natureza e pessoas, nunca tinha trabalhado com shows. “E a parte mais legal, é que foi uma felicidade enorme pra mim, pois eu era um fã de Felguk desde o início deles em 2008, ia todos os shows dele aqui em Petrópolis”, lembra.

Foto: Bangkok na Tailândia/ Foto: Renan Piva

Com o trabalho, Renan cruzou o Atlântico algumas vezes. Ele conta que já viajou para várias cidades da China, algumas do Japão, Tailândia, Portugal, Irlanda, França, Holanda e Emirados Árabes Unidos.

Desde 2019, Renan também faz alguns trabalhos com o Alok, ícone da cena eletrônica no país e no mundo. Os primeiros cliques do artistas, o fotógrafo lembra que ocorreram na Expo 19, em Petrópolis.

Foto: Renan Piva

“Foi um dia que ele entregou um super show para a cidade e deu para tirar muita foto. Muito bom fotografar os shows dele, a energia dele e do público é imensurável. São shows muito bem produzidos, com uma equipe técnica muito competente. É sempre um desafio pra mim, pois se trata do maior DJ do Brasil e um dos cinco maiores do mundo, fora que o fotógrafo do Alok, meu amigo Alisson Demétrio, é pra mim um dos melhores fotógrafos de shows, então o desafio pela qualidade da entrega é ainda maior”, afirma.

Além disso, o fotógrafo revela que Alok é muito preocupado e focado nas redes e assim que acaba o show já pede fotos tratadas e conteúdos pra postar: “Para não perder o timing -o que pra mim é o mais importante nas redes hoje dia, postar material fresco, momentâneo”, destaca.

Equipamentos e edição

O fotógrafo também revelou à Sou Petrópolis sobre os equipamentos que usa. Um deles é a câmera Canon 6 D e três lentes, sendo uma grande angular (15mm 2.8) mais uma para retratos (35mm 1.4) e a telephoto (70-200 2.8) que, segundo ele, é importantíssima para shows.

Renan também usa um iPhone 13 Pro Max. “É um celular muito bom para criação de conteúdos rápidos, devido sua qualidade. A edição eu faço no Lightroom (faço assinatura anual) no meu notebook e, às vezes uso Photoshop também para alguns ajustes pontuais de cor/luz. Tripé não uso nos shows, apenas para fotos de hobby na natureza”, diz.

Renan revela os aplicativos que usa para edição de imagens/ Pedra do Bonet/ Arquivo Pessoal Renan Piva

Além das dicas super importantes sobre equipamentos, Renan também deixa alguns conselhos para fotógrafos que estão no início da carreira. Para ele, é importante que esses profissionais precisam ter em mente algumas coisas, como: Networking, prática e estudo e divulgação do próprio trabalho.

“Façam networking sempre, conheçam muita gente, façam contatos, pois é o mais importante pra você progredir e arrumar trabalhos. Com relação à prática e estudo, obviamente você tem que ser bom no que faz também. Acompanhar fotógrafas(os) para se inspirar, treinar edição e principalmente praticar muito. Já fotografei muito de graça no início, só pela prática, algo que me ajudou muito. E, por último, a divulgação. É importantíssimo, nos dias atuais, estar ativo nas redes sociais, que é o seu portfólio”, conclui.

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