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Tenista petropolitana vence torneio na Polônia e fica entre as três melhores duplistas do país

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Tenista petropolitana vence torneio na Polônia e fica entre as três melhores duplistas do país

Com a conquista, Rebeca Pereira fica atrás apenas das brasileiras Luisa Stefani e Laura Pigossi, que conquistaram a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio. No ranking mundial, Rebeca aparece na 237ª posição e pode avançar ainda neste mês

Um torneio na Polônia que terminou no último sábado com vitória da tenista petropolitana, Rebeca Pereira, de 28 anos, a levou a ocupar o ranking das três melhores duplistas de tênis do país.

Com o resultado, ela fica atrás apenas das brasileiras Luisa Stefani e Lausa Pigossi, que conquistaram a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio.

Foto Arquivo Pessoal Rebeca Pereira

O ITF W60 foi disputado por Rebeca e sua dupla – a chilena, Bárbara Gatica- em Grodzisk Mazowiecki, cidade polonesa, e é consequência de uma série de bons resultados da moradora de Itaipava, que começou a jogar tênis aos 9 anos no Clube Campestre, em Nogueira.

Rebeca continua na Europa porque ainda joga outros torneios nas próximas semanas na Polônia e na Espanha. Ela também é considerada uma das 237 melhores tenistas do mundo e pode avançar neste ranking ainda neste mês.

“Nessas últimas semanas estou tendo resultados que nunca tinha tido antes e que estão me ajudando a chegar no meu melhor ranking mundial. Estou bem feliz com tudo que vem acontecendo. Penso na luta dos meus pais, de toda minha família. Mesmo quando não estava tendo resultados, a gente seguia acreditando”, diz a atleta.

Foto Arquivo Pessoal Rebeca Pereira

O início da carreira

Ainda criança, Rebeca começou a jogar torneios estaduais e brasileiros. Na época, a irmã mais nova, Thaísa Pereira, também treinava junto.

Aos 15 anos, as duas mudaram para Miami. “Foi onde comecei a participar dos torneios internacionais e juvenis. Ali tive a certeza de que queria ser tenista profissional”, conta Rebeca.

Quando voltou para o Brasil, Rebeca passou a treinar em Serra Negra, em São Paulo. Foi lá que recebeu a proposta para treinar tênis universitário, nos Estados Unidos.

A falta de patrocínio no país acabou levando a atleta mais uma vez para os EUA. “Essa virou a minha única opção na época para continuar jogando tênis em alto nível. Me ofereceram bolsa de 100% e eu fui”.

A tenista conta que não se arrepende da decisão. Entre 2012 e 2015, em Jacksonville, na Flórida, cursou Business Management na University of North Florida.

“Fui contrariada, mas hoje vejo que foi a melhor decisão que tomei. Joguei tênis universitário nesse período, mas sempre mantive a vontade de voltar para o profissional”.

De volta a Petrópolis

Concluída essa fase, a atleta volta para a cidade natal onde treinou um tempo em uma academia de Petrópolis. Depois foi para São Carlos, interior de São Paulo, onde está até hoje. A família continua morando em Itaipava.

“É muito trabalho, muitas viagens, muitos apertos e perrengues”, revela.

Há dois meses, Rebeca foi aceita para receber o bolsa atleta. O benefício de R$ 1.800 por mês ajuda, mas segundo ela não é suficiente.

“Quanto estou viajando vai embora muito rápido. São muitos os custos: alimentação, hotel, transporte de uma cidade para outra, um torneio para o outro”.

Nem tudo são flores

A conquista de resultados é um grande motivador para a tenista continuar praticando o esporte, mas ela conta que nem tudo são flores. Segundo Rebeca, no fim do mês as contas não fecham.

Há dois meses ela conta com o benefício Bolsa Atleta, mas quem contribui mesmo para que ela continue praticando o esporte, são os pais.

“Sempre foi só o apoio dos meus pais. Hoje com o que eu consegui ganhar nesses torneios maiores, eu consigo cobrir um pouquinho por minha conta e um pouquinho com o bolsa atleta. Mas ainda é bem pesado, as contas nao fecham sabe?”, diz.

O pai da Rebeca trabalhava como representante comercial em Itaipava e a mãe o ajudava. Atualmente, ambos estão aposentados.

“Não quero seguir precisando da ajuda deles. Eu quero mesmo é ter apoio pra conseguir viajar mais, e com isso subir cada vez mais no ranking e poder pagar viagens e passeios pra eles”, diz a tenista, que sonha em recompensar todo apoio recebido pelos pais.

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