No Dia Internacional da Dança, Nação Hip Hop lança documentário sobre sua história em Petrópolis
É necessário fazer uma pré-inscrição para participar da exibição única de lançamento do filme
Numa caminhada que teve início no ano de 2006 em Petrópolis, a Nação Hip Hop representa a luta pelo espaço público na promoção de arte e cultura. São mais de 15 anos de oficinas, eventos, shows e debates gratuitos realizados na cidade. Atuação essa, inclusive, que rege o média-metragem “Hip Hop Serra: Resistência Cultural na Cidade Imperial”. A obra, realizada com incentivo da Lei Aldir Blanc, vai ao ar nesta quinta (29) – Dia Internacional da Dança – às 19h30, pelo site nacaohiphop.com.br/. É necessário se inscrever pelo mesmo link para participar.
Fotos: Divulgação
Tendo como particularidade a gratuidade, a Nação Hip Hop Petrópolis realiza grande parte de seus eventos em espaços públicos, levando às ruas, praças e comunidades da cidade permanentes trocas com quem a habita. De acordo com Cris Monteiro, produtora cultural que é quem preside a organização, o lançamento do documentário revela a tradição do movimento do hip hop em Petrópolis já nos anos 70 com tradicionais equipes locais de som, a exemplo da Furacão 2000, e a forma como a Nação potencializou e consolidou tais manifestações.
“Chamamos pessoas que que já estão na estrada há bastante tempo para falar sobre como era o hip hop na cidade no início, antes da internet. E o documentário mostra como isso se potencializou com a Nação. A gente tem como princípio, além de fortalecer e estimular os quatro elementos do hip hop, que são a dança, o MC, o grafite e o DJ, o conhecimento. É promover o diálogo entre diferentes áreas, o direito ao espaço público, a se expressar, ser ouvido e considerado numa cidade que sempre foi considerada imperial, mas que não representa toda a população”.
Com direção e roteiro de Beatriz Ohana e direção de fotografia de Gregori Bastos, a produção – que teve toda a sua trilha sonora produzida por artistas petropolitanos – chega para somar com as outras centenas de ações da Nação ao longo dos anos. São batalhas de MC, rodas de cultura – a exemplo da Roda Cultural do CDC e da Roda Viva, a formação da Biblioteca da Roda, que já conta com mais de 500 volumes, além da atuação em lutas promovidas por movimentos sociais locais, como aquelas contra o aumento da passagem e a favor das universidades públicas.
“A Roda do CDC é um projeto que começou com a Nação Hip Hop. A Nação sempre acompanhou, mas é um movimento muito fluido. É um encontro espontâneo. Não tem dono. A Roda do CDC não é da Nação, mas foi a Nação que a manteve viva esses anos todos, lutando pelo direito de se reunir e estar ali naquele espaço representando arte e cultura. E a Roda Viva é como uma edição especial da Roda. Tudo que a gente gostaria que houvesse na roda a gente faz nesse momento com palco, som, iluminação, shows, oficinas e debates”, diz Cris.
“Hip Hop Serra: Resistência Cultural na Cidade Imperial” será transmitido, em exibição única de lançamento, nesta quinta (29), às 19h30, no site nacaohiphop.com.br/. Aguardado, o evento trará, ainda, uma live com a participação dos envolvidos no filme em um encontro virtual antes e depois da exibição. É importante lembrar que, para assistir a produção, é necessário fazer uma pré-inscrição, também pelo portal nacaohiphop.com.br/. Mais informações sobre a Nação podem ser obtidas em @nacaopetropolis.