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Inédito na América do Sul, projeto de detecção de câncer com cães se prepara para receber pacientes em Petrópolis

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Inédito na América do Sul, projeto de detecção de câncer com cães se prepara para receber pacientes em Petrópolis

Simples, barata e não invasiva, a técnica deve ser colocada em prática antes do meio do ano

Com mais da metade das obras de preparação de sua sede concluídas, o projeto KDOG, de detecção de câncer com cães farejadores, se prepara para receber seus primeiros pacientes em Petrópolis. Pioneiro na América do Sul, o projeto independente está vinculado ao Institut Curie, na França, que se dedica especialmente à investigação oncológica, e à Sociedade Franco Brasileira de Oncologia.

Em novembro passado, a Sou Petrópolis noticiou os pedidos do grupo de pesquisa para que o procedimento fosse viabilizado. Quatro meses depois, a notícia é boa: eles, que há dois anos deram início aos estudos e preparos para o desenvolvimento da técnica no Brasil, já contam com o patrocínio de duas empresas: o Laboratório VetNil e a Royal Canin, de rações. Um outro anúncio é a chegada de mais um cão para ajudar nos trabalhos.

Conta Leandro Lopes, cinotécnico responsável pelo KDOG, que quem se junta ao pastor alemão Ônix é o Remi. “Hoje temos dois cães: o Ônix e, agora, o Remi, que é um braco alemão. Nossa expectativa é ter até seis cães no canil. O treinamento dos animais já está sendo feito, estamos concluindo as obras da sede e, em seguida, faremos a publicação científica do projeto para, então, dar início aos atendimentos”, explica.

Capaz de identificar o câncer ainda num estágio inicial, o trabalho de biodetecção a partir de cães farejadores funciona a partir de kits entregues às mulheres. Fazem parte deles um sabonete neutro, duas compressas e um manual explicativo. No dia anterior à detecção, a paciente toma banho com o sabonete dado e, antes de dormir, coloca uma compressa em cada mama. No dia seguinte, os cães farejam as amostras.

“A detecção acontece numa sala com vários cones em que os cães são treinados a sentarem em frente às amostras, quando identificam a presença do câncer, ou a seguir em frente, se o resultado for negativo. O grande intuito do trabalho não é tirar os protocolos já existentes, mas sim oferecer uma triagem que fará com que ela chegue mais rápido ao mamógrafo e possa se tratar também mais rapidamente”, explica Leandro.

Simples, barata e não invasiva, a técnica que tem como base o osfalto canino poderá, inclusive, ser usada para a detecção de outras doenças no futuro, como o próprio coronavírus. De acordo com Leandro, a ideia é, inclusive, oferecer os serviços do projeto ao Sistema Único de Saúde e à população carente. Com expectativa de dar início aos atendimentos antes do meio do ano, o KDOG continua aberto ao apoio de empresários.

Aqueles que quiserem apoiar e ajudar o KDOG a não apenas prosseguir com as atividades, mas a acelerar o cronograma a partir de suporte financeiro, podem fazer contato pelo e-mail kdogbrasil@sfbo.com.br ou então pelo telefone (24) 2235.2363. Mais informações sobre o projeto inovador e promissor podem ser obtidas pelo site https://sfbo.com.br/kdog-brasil/

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