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Resgate de animais silvestres pelos bombeiros aumentou em 51,4% durante a pandemia em Petrópolis

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Resgate de animais silvestres pelos bombeiros aumentou em 51,4% durante a pandemia em Petrópolis

Dos 215 resgates a animais silvestres efetuados, a incidência maior (65) é a de cobras

De março a novembro de 2020 o 15º Grupamento de Bombeiros Militares registrou 215 casos de resgate de animais silvestres na cidade. No mesmo período do ano passado, foram realizados 142 salvamentos. Pode-se dizer, então, que os resgates realizados pelos bombeiros cresceram 51,4% durante a pandemia em Petrópolis.

Em anos anteriores, o número de casos também foi inferior ao registrado em 2020. Em 2018 houve 148 resgates de animais silvestres e, em 2017, foram 101 salvamentos pelo 15º GBM. Segundo o Dr. Felipe Facklam, médico veterinário especializado em animais silvestres, o isolamento social pode ter contribuído para a mudança no quadro.

“Principalmente em junho e julho, quando estávamos bem isolados, a diminuição das atividades das pessoas nos centros urbanos possibilitou uma aparição maior dos animais. Eles começaram a aparecer vendo que existia uma tranquilidade e uma menor atividade de pessoas devido ao isolamento. As próprias onças nas trilhas”.

Ele ressalta ainda a importância de avaliar se o resgate continua a ser distribuído entre o mesmo número de órgãos que os anos passados ou não. “Às vezes diminuindo os órgãos envolvidos nos salvamentos existe a impressão de que o número aumentou quando, na verdade, a demanda é que passou a ser concentrada nas mãos de um”.

Ainda de acordo com o Dr. Felipe Facklam, no que diz respeito aos atendimentos clínicos, não houve aumento no número de atendimentos na pandemia se comparado aos últimos 10 anos. Contudo, com a chegada da primavera – tida como a estação reprodutiva, a tendência é que os resgates de animais silvestres voltem a aumentar.

“Aparece muita paca, quati, ouriço, coruja, sabiá, bem-te-vi, gambá, tudo quanto é tipo de animal. E isso se justifica pelo aumento da população mesmo. No inverno vários animais estavam hibernando, então o resgate no meio do ano tende a ser menor por causa disso”.

Cuidados que devem ser tomados

Dos 215 resgates a animais silvestres efetuados pelo 15º GBM na pandemia, a incidência maior (65) foi a de cobras. De acordo com o setor de operações dos bombeiros, o primeiro passo a ser tomado por quem está em casa é telefonar para o 193. Enquanto aguarda o socorro, é imprescindível que a pessoa continue a monitorar o local sem perder o animal de vista.

Em caso de picada, é importante que o morador se dirija à UPA do Centro: referência no atendimento a acidentes com animais peçonhentos. Já quando a aparição for de um ouriço – transeunte de áreas onde há vegetação – o ideal é fechar a residência e guardar os animais até que ele vá embora, sem que se tente capturá-lo.

Vale lembrar que, ainda que não possam ser impedidas, as visitas de animais silvestres podem ser evitadas a partir da adoção de algumas medidas simples, como a limpeza do terreno, a retirada de lixo e o fechamento de locais, como sótãos, em que os animais possam se abrigar do frio.

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