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Mesmo na pandemia, Petrópolis registrou mais casamentos do que outras cidades serranas

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Mesmo na pandemia, Petrópolis registrou mais casamentos do que outras cidades serranas

Com “excesso de nós mesmos”, pandemia trouxe também a reavaliação das relações

Há quem diga que a distância pode fazer apagar a chama do amor. Embora a maioria pense que o isolamento social fez aumentar as desavenças nos relacionamentos, os números do cartório do primeiro distrito de Petrópolis dizem o contrário. De março até a última sexta-feira (13) foram registrados nele 487 casamentos e 191 divórcios.

De acordo com dados cedidos pelo 1º Ofício de Registro Civil e Interdições e Tutelas de Petrópolis, maio foi o mês em que menos foram registradas uniões no referido cartório. Ainda assim, Petrópolis sai na frente quando comparada a outras cidades da região serrana durante o mesmo período. É o que diz o portal da transparência do Registro Civil.

Segundo a plataforma, em maio deste ano foram registrados 102 casamentos em Petrópolis. No mesmo mês foram contabilizadas 53 uniões em Nova Friburgo e outras 28 em Teresópolis, que tem apenas cerca de cinco mil habitantes a menos que a Cidade Imperial.

Os números correspondem aos mais baixos registrados pelas duas últimas cidades nos últimos cinco anos. Em Nova Friburgo, não se registravam tão poucas uniões no mês das noivas desde 2015, quando foram contabilizadas 82 delas. Em Teresópolis, por sua vez, o recorde pertencia a maio de 2017, que trouxe consigo 66 casamentos.

Em Petrópolis, por outro lado, de 2015 para cá o ano em que maio teve menos uniões continua sendo 2016, quando foram contabilizadas 96 delas: sete a menos que em 2020. Para a psicóloga e psicanalista Flávia Gonzalez Ferreira, o isolamento e o maior contato com os próprios sentimentos fez, em alguns casos, aumentar também a cumplicidade.

Foto: Giovani Garcia

“Muitas pessoas conseguiram utilizar esse momento para fazer uma avaliação sobre os seus hábitos, rotina e prioridades. Sendo assim, podemos entender que nem tudo que surgiu na pandemia é ruim, doloroso ou angustiante. Muitas pessoas conseguiram fortalecer laços afetivos e transformar o distanciamento físico em aproximação emocional”.

Marcado por oscilações entre momentos de confusão e clareza, o distanciamento provocou o aumento do “excesso de nós mesmos” e, como consequência, a reavaliação das relações, o que pode ter contribuído para o registro de casamentos, ainda que num momento de pandemia, conta Flávia. Já são 992 no município como um todo.

“Tivemos que reavaliar a nossa forma de trabalho, a gerência da nossa casa, a nossa forma de lazer e a nossa forma de viver as relações afetivas, familiares e sociais. Para muitos casais, esse foi um momento de união e de reconhecimento do sentimento de amor e cumplicidade”.

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