Única cidade serrana a seguir para o 2º turno, Petrópolis teve cerca de 72 mil eleitores ausentes
Confira oito destaques e análises das eleições municipais para prefeito e vereador
Neste domingo (15), mais de 168 mil petropolitanos foram às urnas para eleger seus candidatos a prefeito e vereador do município de Petrópolis. Estima-se, contudo, que 72 mil pessoas não tenham comparecido aos locais de votação, o que contribuiu para a cidade ser a única da região serrana a seguir para o segundo turno. Confira, abaixo, os resultados das eleições e algumas análises os envolvendo.
Foto: Serra Drone Imagens Aéreas
Resultados:
Rubens Bomtempo e Bernardo Rossi disputam o segundo turno para prefeito
No dia 29 de outubro os candidatos Rubens Bomtempo (PSB) e Bernardo Rossi (PL) voltam a disputar o cargo de prefeito de Petrópolis. Eles já se enfrentaram em 2016 e, este ano, foram confirmados no segundo turno. Bomtempo com 39.093 votos, o equivalente a 27,37% do eleitorado; e Rossi com 23.923 votos, o correspondente a 16,75%.
Um dado que chama a atenção é a diferença de apenas 204 votos entre Bernardo Rossi, segundo colocado, e o professor Leandro Azevedo (PSD), cujos votos representaram 16,61% do eleitorado. Os planos de governo de Rubens Bomtempo e Bernardo Rossi podem ser acessados aqui (Bomtempo) e aqui (Rossi).
Fotos: Reprodução/Internet
Saiba quem são os vereadores que assumirão a Câmara Municipal em 2021
Yuri (PSOL): 3.742 votos
Gilda Beatriz (PSD): 2.825 votos
Jornalista Eduardo do Blog (Republicanos): 2.776 votos
Hingo Hammes (DEM): 2.617 votos
Domingos Protetor (PSC): 2.560 votos
Dudu (MDB): 2.526 votos
Ronaldo Ramos (PSB): 2.417 votos
Paulo Igor (DC): 2.150 votos
Fred Procopio (PL): 2.037 votos
Marcelo Chitão (PL): 1.977 votos
Marcelo Lessa (Solidariedade): 1.694 votos
Octavio Sampaio (PSL): 1.531 votos
Júnior Coruja (PSD): 1.446 votos
Junior Paixão (DC): 1.396 votos
Dr. Mauro Peralta (PRTB): 1.169 votos
Foto: Arquivo/Sou Petrópolis
Análises:
Dos 15 vereadores mais votados, dez são eleitos e cinco entraram pelo voto por legenda e pela pontuação do partido
Existem hoje duas formas de eleger um vereador: o voto nominal, que é quando o eleitor escolhe um candidato para ocupar a vaga na Câmara; e o voto por legenda, em que o eleitor não manifesta vontade por um candidato específico, mas por qualquer candidato do partido escolhido.
Por conta disso e do esquema de pontuação por partido, nem sempre o candidato que recebe mais votos é o eleito. Na pontuação por partido são feitos alguns cálculos para definirem os quocientes eleitoral e partidário, ou seja, o número de vagas que o grupo conquistou e que será ocupado pelos representantes do partido.
Em Petrópolis, por exemplo, Ju Coletiva Feminista Popular (2.561 votos), Maurinho Branco (1.944 votos), Antonio Brito (1.894 votos), Marcio Arruda (1.673 votos) e Bernardo Sabrá (1.552 votos) receberam mais votos do que cinco dos candidatos eleitos, mas, ainda assim, não entraram para a Câmara.
Foto: Reprodução/Pinterest via Marcos Paulo
Abstenções, votos brancos e nulos representam 42,49% do eleitorado
Cerca de 71.799 pessoas não compareceram ao primeiro turno das eleições municipais neste domingo: número superior à soma dos votos dos dois candidatos mais votados para prefeito. Houve, ainda, 8.498 votos em branco e outros 12.520 votos nulos. Somados, os dados correspondem a 42,49% do eleitorado.
Votos brancos e nulos são menores do que nas últimas eleições municipais
Ainda que expressivos, os números dos votos brancos e nulos das eleições deste ano são menores do que os registrados em 2016. No caso dos votos brancos, foram 8.498 desta vez. Nas eleições passadas eram 10.480. Já no que diz respeito aos votos nulos, este ano 12.250 pessoas anularam os votos. Em 2016, eram 25.888. Os dados são do TSE.
Dos 15 vereadores eleitos, 5 se reelegeram
Dos 15 vereadores eleitos, cinco deles se reelegeram. São eles: Gilda Beatriz, Hingo Hammes, Dudu, Paulo Igor e Marcelo Chitão. Vale lembrar que, em 2018, Dudu e Paulo Igor foram afastados de seus cargos. Dudu foi tido como foragido pela Justiça e Paulo Igor chegou a ficar preso por cinco meses em Bangu 8, no Rio.
Os dois foram investigados pelos crimes de fraude em licitação e peculato dentro da operação Caminho do Ouro, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil. Na ocasião, foram apreendidos R$ 155 mil e 10.300 dólares na casa de Paulo Igor, então presidente da Câmara.
Fotos: Reprodução/Internet
Dos 15 vereadores eleitos, apenas uma é mulher
Apesar da coletiva feminista, representada por Julia Mattoso (PSOL), ter sido a quinta mais votada, devido aos votos por legenda e pontuação por partido, apenas a vereadora Gilda Beatriz se elegeu. Única mulher entre 14 homens, Gilda se tornou, em 2016, a primeira mulher reeleita na história da cidade. Feito que volta a repetir neste mandato.
Desde 2000 os mesmos candidatos disputam a prefeitura e vice-prefeitura de Petrópolis
Confirmado no 2º turno das eleições municipais, Bomtempo não é rosto novo na política petropolitana. Prefeito nos anos de 2000, 2004 e 2012, foi o candidato ao cargo com maior número de votos no primeiro turno deste ano: 39.093. Em 2008, quem comandou a cidade foi Paulo Mustrangi: atual vice de Bomtempo. Rossi, por sua vez, é candidato à reeleição.
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