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Com ajuda de voluntários, petropolitano se torna o primeiro cadeirante a subir o Açu

Petrópolis do bem

Com ajuda de voluntários, petropolitano se torna o primeiro cadeirante a subir o Açu

Foram cerca de 9 horas de caminhada em um percurso íngreme, 20 voluntários e uma pessoa muito realizada. O petropolitano Gustavo Deister, de 35 anos, se tornou o primeiro cadeirante a conquistar os Castelos do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso) na última terça (17).

Foto Acervo pessoal Gustavo Deister

Gustavo sempre foi apaixonado pelas montanhas, até que um dia tudo mudou na vida dele. Após um grave acidente de carro há 12 anos, ele ficou paraplégico e acabou deixando de lado muitas atividades que costumava fazer. Agora, aos 35 anos, ele mora sozinho, dirige o próprio carro, faz canoagem, pratica crossfit e musculação. Mas o sonho de voltar a fazer trilhas ainda não havia sido concretizado.

Durante uma conversa com Diego Cabral, integrante do grupo Amantes da Montanha, surgiu a possibilidade de se aventurar novamente no Parque Nacional da Serra dos Órgãos através de uma cadeira adaptada para o montanhismo, batizada de Julietti. Em 2018, houve uma tentativa, mas não foi bem sucedida por conta da chuva. Finalmente, no dia 17 de setembro de 2019, Gustavo se tornou o primeiro cadeirante a subir o Açu. “A sensação foi de uma paz total, a alma fica até mais leve”, ele relembra.

Foto Acervo pessoal Gustavo Deister

A ação voluntária foi organizada por duas agências de turismo — Amantes da Montanha e a Imperial Expedições —, que se juntaram e não mediram esforços para conseguir voluntários e arrecadação para pagar os ingressos ao parque. “Conseguimos 20 voluntários, que nos ajudaram a carregá-lo, levar as mochilas com equipamentos e comidas. Foi uma ação muito bonita! Até as pessoas que não sabiam da iniciativa e estavam subindo o Açu se mobilizaram e ajudaram”, conta a jornalista Alice Moura, uma das voluntárias.

Foto: Alice Moura

A subida começou às 8 horas da manhã e depois de muito esforço, eles chegaram aos Castelos do Açu, às 16h45, viram o pôr do sol e dormiram no abrigo para a descida no dia seguinte.

Para Gustavo, essa não foi uma conquista só dele, foi de todo mundo que se mobilizou para que isso fosse possível: “Eu acho demais o que eles fizeram. Quem já subiu o Açu sabe que não é nem um pouco fácil e você vê que com mesmo todo o esforço, eles ficaram muito felizes de me ver lá em cima. Você vê que é uma conquista de todo grupo e não só minha”, ele conta.

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