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Em agradecimento a São Cosme e Damião, petropolitana distribui doces há 20 anos

Petrópolis do bem

Em agradecimento a São Cosme e Damião, petropolitana distribui doces há 20 anos

Gisele Motta vive em Macaé, mas volta para Petrópolis só para manter a tradição de dar doces nessa data do ano

Nesta quinta-feira, 27 de setembro, comemora-se o Dia de Cosme e Damião. Nesta data, tornou-se tradição as crianças irem às ruas atrás dos saquinhos de doce, geralmente ofertados por fiéis que queiram cumprir promessas feitas aos santos. Este é o caso da petropolitana Gisele Motta, que dá doces há 20 anos na comunidade de Vila Rica, em Pedro do Rio.

Fotos: Arquivo Pessoal

A promessa

Em abril de 2004, a primeira filha de Gisele nasceu. Na época, ela e o marido moravam de aluguel e estavam passando por algumas dificuldades financeiras, até que sua tia sugeriu que ela fizesse uma promessa aos santos.

“Pedi para conseguir minha casa própria e, sete anos depois, em 2010, essa graça foi alcançada. Naquele mesmo ano, também ganhei o meu segundo filho. Geralmente, as promessas são feitas para o período de sete anos e, desde então, faço um novo pedido de tempos em tempos”, relata.

Diversão

Desde então, todos os anos a petropolitana distribui mais de 100 saquinhos, mas seu grande sonho é fazer uma festa para as crianças. Atualmente, Gisele vive na cidade de Macaé, mas volta para Vila Rica no dia de Cosme e Damião para dar os doces.

“Já morei em Macaé antigamente e aqui são poucas as crianças que pegam bala. Uma pequena parcela da população é católica. Então existe esse empecilho. Eu gosto é da bagunça, de ver várias crianças correndo e se divertindo, então por isso venho pra cá distribuir”, explica.

Fotos: Arquivo Pessoal

União

A petropolitana relembra que, quando era pequena, ela e outras crianças saiam sozinhas nas ruas, sem medo. Hoje, porém, a realidade é outra e a falta de segurança impede muitos de pegarem os saquinhos.

“Já é bem limitado o número de crianças que pegam, pois são só os de família católica, espíritas, de religiões de matriz africana ou sem religião que comem os doces. Agora, com o perigo das ruas, é ainda mais difícil. Sempre fui junto com os meus filhos e ia acompanhando os filhos dos outros também. Nós, mães e pais, acabamos dando esse apoio”, comenta.

Diversidade de crenças

Gisele, conta que, no dia em que foi comprar suas balas, uma candomblecista estava fazendo o mesmo e elas partilharam dos milagres que Cosme e Damião fizeram em suas vidas.

“É muito legal ver essa diversidade. Eu herdei esse costume da minha família católica, mas meu marido, que é evangélico, também dá bala comigo e vamos continuar até morrermos. Inclusive sempre peço pros meus filhos continuarem com essa tradição quando eu me for. Faço questão de que mantenham isso”, declara.

Importância da tradição

Para ela, é de suma importância manter esta tradição. “Sempre recomendo que os católicos renovem os seus votos com Cosme e Damião. Mesmo que não seja com promessas, que deêm bala pra mantermos esse hábito aceso. É um momento de comunhão, onde as crianças se encontram na rua, se divertem, os pais também compartilham daquele momento. Então é função dos católicos e dos religiosos de matriz africana, que continuem com essa tradição”, finaliza.

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