Censo 2022: mulheres representam 53% da população de Petrópolis
Gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE explica o fenômeno
As mulheres representam 53% da população de Petrópolis, é o que apontam os novos dados do Censo 2022, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, dos 278.881 habitantes da cidade, 147.802 se identificam como mulheres e 131.079 como homens.
Foto: Henry Kappaun
Em todo o Brasil, há 6 milhões de mulheres a mais do que homens. Do total da população residente no país, 51,5% (104.548.325) são mulheres e 48,5% (98.532.431) homens.
Mortalidade masculina
A gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri, explica que o fenômeno tem relação com a maior mortalidade dos homens.
“Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população de pessoas com 65 anos ou mais de idade há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”, comenta.
Em 2010, Petrópolis tinha 140.996 homens, que representavam 47,65% dos habitantes. Em 2022, este número caiu 7% (-9.917) e chegou a 131.079. Enquanto isso, a população feminina diminuiu em 4,6% (-7.199).
Foto: Serra Drone
Homens são maioria na população até os 19 anos
Apesar das mulheres comporem a maior parte da população, os homens são maioria quando o recorte é até os 19 anos de idade. Em Petrópolis, haviam 62.613 pessoas com idade entre 0 e 19 anos em 2022. Destas 31.666 (50,58%) eram homens e 30.947 (49,42%), mulheres.
A partir do grupo etário 25 a 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões do Brasil, sendo que em Petrópolis isso acontece já no grupo de 20 a 24 anos.
“A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobre mortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas”, explica Marri.