Outubro Rosa: ‘vitoriosa’ petropolitana conta como superou o câncer de mama
“Descobri que era uma vitoriosa no início, quando aceitei a doença e resolvi encarar de frente e lutar”, lembra Eliane Isidoro, de 52 anos.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil para o triênio 2023 a 2024. A proporção é de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres. Segundo o Inca, o câncer de mama nas mulheres é o mais incidente no país.
Foto: arquivo pessoal
Descoberta pelo autoexame
Apesar de a notícia ser um choque, em um primeiro momento, Eliane Isidoro Pereira, de 52 anos, encarou a situação com otimismo e criou alternativas quando, devido ao tratamento do câncer de mama esquerda, o cabelo começou a cair.
No final do ano de 2017, Eliane descobriu o tumor. Importante no diagnóstico e recomendado pelos médicos, o caroço na mama foi descoberto por ela, durante o autoexame. “Quando fui fazer o preventivo falei para enfermeira. Após os exames, foi comprovado”.
Tratamento
Ela contou que foi difícil encarar a doença e que se questionava sobre o porquê de estar acontecendo com ela. “Fiquei muito assustada, tive a sensação que iria morrer. Quando soube, estava na companhia da minha mãe, tive que manter a calma. Pensava como? Para mim e meu marido aquele caroço era uma picada de inseto. Infelizmente estávamos equivocados”.
Foto: arquivo pessoal
Eliane relata que todo o tratamento foi muito difícil, mas o apoio da família foi a força para seguir em frente, além do acompanhamento com psicólogo. “Todos que olhavam para mim falavam que eu estava aceitando bem. Mas a verdade é que chorava muito, escondido. Estava sorrindo por fora, para não deixar minha família preocupada, mas por dentro estava destruída. Foi tudo horrível. Passava muito mal, não conseguia comer e perdi muito peso”.
Com o início do tratamento com quimioterapia, Eliane optou pelo corte do cabelo. “Comecei a perder os fios no dia seguinte do aniversário da minha filha, que me levou no cabeleireiro para cortar. Mas não teve jeito, tive que raspar, foi quando comecei a usar perucas e lenços”, lembra Eliane.
Foto: arquivo pessoal
Vitoriosa
Eliane comemora a cura, que veio um ano após a descoberta da doença. Mas para ela, a vitória veio desde o início. “Eu fui vitoriosa quando aceitei a doença e resolvi encarar de frente. Lutar com todas as minhas forças e hoje sou muito grata a Deus, a minha família, meus amigos e a toda equipe do CTO, da APPO e do Alcides Carneiro, onde fiz meu tratamento e tive acompanhamento médico. Comemoro por não ter sido necessário a retirada da mama”.
Foto: arquivo pessoal
Eliane continua o acompanhamento médico nas instituições e ressalta: “Essa doença é forte, mas nós que estamos passando por esse tratamento, temos um Deus que cuida de cada uma de nós. Sou a prova viva, basta ter fé e acreditar. Hoje falo que o mês de outubro é o meu mês, pois sou uma vitoriosa”.