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Após 10 anos vendendo doces nas ruas de Petrópolis, Dona Cléa realiza o sonho de abrir uma loja

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Após 10 anos vendendo doces nas ruas de Petrópolis, Dona Cléa realiza o sonho de abrir uma loja

Espaço na Rua do Imperador conta com a famosa coxinha de morango, além de diversos docinhos, tortas, cafés e salgados

Se você passa pelas ruas do Centro Histórico, provavelmente já se deparou com a Dona Cléa, famosa por sua simpatia e pelas deliciosas coxinhas de morango. Agora, depois de 10 anos vendendo doces a pé pela cidade, a doceira inaugurou sua primeira loja, bem no coração de Petrópolis.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

No início de maio, Cléa Lopes Pinto, de 57 anos, mais conhecida como Dona Cléa, realizou o sonho de abrir uma doceria no Centro da cidade. O espaço fica no final da Rua do Imperador.

“Vendo doces nas ruas de Petrópolis desde 2015 e sempre sonhei em abrir uma loja, mas era uma meta muito distante, ainda mais pra quem trabalha sozinha, como eu. Muitos clientes falavam que ter um ponto fixo os ajudaria a encontrar os meus doces, porque sempre acabavam muito rápido, e que diminuiria um pouco o meu trabalho. Minhas pernas estão agradecidas”, brinca.

O pontapé para realizar o sonho

Há 10 anos, Cléa começou a vender doces para ajudar sua filha, Laiane, durante a faculdade de Engenharia Civil na UCP. Agora, quem deu o pontapé para que a doceira montasse sua loja, também foi a filha.

Após finalizar um projeto para uma empresa em Petrópolis, a equipe queria levá-la para trabalhar em uma obra no Ceará ou no Rio Grande do Sul. Laiane acabou optando por não ir, por já ter se estabelecido na cidade, e sugeriu abrir a loja com a mãe.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

“Ficamos com medo por conta dos valores dos aluguéis, mas depois de muito procurar, encontramos um que cabia no orçamento e decidimos abrir o negócio. Tem sido um sucesso, a maioria dos clientes já conhecia a minha mãe e tem gente que vem até dos bairros pra comprar nossos doces e tortas”, conta Laiane.

Produtos fresquinhos e deliciosos

Além das famosas coxinhas de morango, cobertas com muito brigadeiro preto ou de leite ninho, elas ainda trabalham com diversos outros doces. Dentre eles, docinhos de churros, Oreo, Ninho com Nutella, queijo com goiabada e Nescafé, bolo no pote, tortas, brownie, banoffe, bombom de morango, surpresa de uva, cheescake, pudim, fondue de chocolate e muito mais!

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

E para aqueles que não curtem tanto sobremesas, a Dona Cléa ainda faz bolos caseiros e oferece cafés expressos e coados, além de capuccino. O espaço ainda oferece opções pra quem prefere um bom salgado, com empadas, pães de queijo e croissants.

“Apesar de saber fazer salgados, o tempo é curto e não consigo abraçar o mundo com dois braços. Por isso, terceirizei o serviço para dois amigos. Estamos sempre inventando moda para tentar agradar todos os clientes. Alguns mais velhos já estão me pedindo doces mais tradicionais, como de abóbora e de mamão, e pretendo trazer de vez em quando”.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

O trabalho por trás do sucesso

Todos os produtos são frescos e feitos pela Dona Cléa e a filha. A doceria funciona de segunda a sábado, das 10h às 18h. Quando fecham a loja, a dupla vai para casa e ficam até meia-noite fazendo as massas dos doces. Às 5h, acordam para enrolá-los e finalizá-los. Apesar de cansativo, elas ainda encontram tempo para fazer as tortas e bolos, além de docinhos para festas.

“Nosso maior problema é o tempo, é tudo muito puxado e, no dia de folga, vamos ao mercado comprar os materiais. Por dia, fazemos cerca de 120 doces. Nesses 10 anos, já foram mais de 250 mil doces vendidos, sem contar com os de encomenda. Na Bauernfest e em grandes eventos que aumentamos a quantidade, além de trazer pratos típicos. E em datas comemorativas, como foi no Dia das Mães e dos Namorados, também fazemos caixinhas presenteáveis”, relata.

Por conta da alta demanda, Dona Cléa não consegue mais vender seus doces na rua, mas disponibilizam um motoboy para fazer as entregas. “O pessoal da 13, Ipiranga e Koeler tem sentido falta, mas é só avisar que a gente entrega”.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

Emoção e superação

Cléa define a inauguração de sua loja como um momento de superação e de fortes emoções. Em 2020, o marido e seu maior apoiador, que era a sexta pessoa do Brasil a usar um coração artificial, faleceu. A doceira precisou de muita força para dar a volta por cima, terminar de formar as filhas e continuar na luta. Hoje, ela colhe os frutos de todo o esforço.

“Nos primeiros dias da loja aberta chorei muito com o carinho dos clientes. Alguns deles me chamam de mãe e me deram até flores no Dia das Mães, como fez o gerente do Pellegrini. Tem gente que vem aqui não pra comprar um doce, mas só pra me parabenizar, me abraçar ou trazer algum mimo. Sabia que tinha um público muito carinhoso, mas não imaginava que era tanto. Teve gente de Juiz de Fora que trouxe a família pra comprar comigo”,

No vídeo de inauguração, postado no Instagram, foram mais de 200 mil visualizações e inúmeros comentários e mensagens. Só no WhatsApp, Cléa tem mais de 3 mil contatos de clientes salvos.

“Sou muito grata a Deus, aos meus familiares, amigos e todos os meus clientes, que se tornaram uma segunda família. Petrópolis hoje não é só a cidade onde eu moro, é onde eu construí uma nova família. Sei que tem muita gente preocupada de verdade comigo aqui e que posso contar”, finaliza.

Fotos: Arquivos Sou Petrópolis

Onde encontrá-las?

A doceria está localizada no final da Rua do Imperador, no n° 1082, próximo à curva para o final da 16 de Março e em frente a Padaria Sul América. O espaço funciona de segunda a sábado, das 10h às 18h.

As encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp (24) 992320797. Para conhecer o trabalho dela, basta seguir o Instagram @cleadoces.

Conheça a história completa de Dona Cléa em nossa matéria: Mulheres de Petrópolis: conheça a Dona Cléa, vendedora que tem adoçado a vida dos petropolitanos e turistas

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