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Jogo de tabuleiro busca contar a história de Petrópolis de forma lúdica e divertida

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Jogo de tabuleiro busca contar a história de Petrópolis de forma lúdica e divertida

Desenvolvido pela arquiteta e designer Miriam Barrutia, “Em Busca do Tesouro Escondido” foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura, reconhecimento importante que possibilitou a criação de um protótipo

A arquiteta e designer Miriam Barrutia, da Guatemala, radicada em Petrópolis há 12 anos, está por trás de uma iniciativa inovadora que une cultura e educação de uma maneira lúdica e acessível. O jogo de tabuleiro “Em Busca do Tesouro Escondido” surge como uma resposta ao crescente desinteresse dos jovens pelos assuntos históricos e culturais, especialmente em tempos onde o entretenimento digital domina o cotidiano.

Foto: divulgação

Conceito e origem do jogo

O projeto nasceu da paixão de Miriam pela cidade de Petrópolis, cujas histórias e curiosidades a surpreenderam desde a sua chegada. Surpreendida pelas riquezas culturais muitas vezes desconhecidas até pelos próprios moradores, ela viu no jogo uma oportunidade de tornar esse conhecimento acessível e interessante para todos, especialmente para as crianças e adolescentes com quem trabalha em comunidades locais.

Foto: divulgação

“Trabalho com jovens que, muitas vezes, não se interessam por história da maneira tradicional. Mas quando esses temas são abordados de forma divertida, através de jogos, por exemplo, eles se envolvem muito mais”, conta Miriam. Foi essa percepção, aliada ao seu fascínio pelas histórias “escondidas” de Petrópolis, que a levou a criar o jogo.

Narrativa e mecânicas do jogo

“Em Busca do Tesouro Escondido” é mais do que apenas um jogo de tabuleiro. Ele convida os jogadores a explorar Petrópolis de forma interativa, viajando pelo tempo sem sair do lugar. Através de um mapa que destaca pontos turísticos da cidade, os jogadores avançam enquanto enfrentam desafios e respondem a perguntas sobre a história e cultura local.

Foto: divulgação

“Um dos elementos diferenciadores do jogo é o papel do ‘responsável’, o jogador mais velho, que assume a liderança na leitura das cartas e na tomada de decisões estratégicas durante a partida. Essa mecânica não só promove o aprendizado, mas também incentiva a interação social e o desenvolvimento de habilidades de liderança’’, diz Miriam.

Desenvolvimento e desafios

O processo de desenvolvimento do protótipo levou seis meses e foi repleto de desafios. A conversão de uma vasta quantidade de dados históricos em perguntas e curiosidades foi um dos maiores obstáculos.

“Às vezes, acreditava que o jogo estava finalizado, mas durante os testes percebia que havia sempre algo a melhorar”, revela Miriam.

Foto: divulgação

O design do tabuleiro foi outra etapa crucial. Inicialmente pensado para se concentrar no centro histórico, Miriam decidiu expandir o mapa para representar a cidade como um todo, incluindo áreas menos conhecidas.

“Queria que o jogo refletisse a cidade em miniatura, representando também a busca por coisas escondidas além do centro”, explica.

Recepção e futuro do projeto

Os testes iniciais com diferentes faixas etárias foram um sucesso, com feedbacks positivos que levaram a ajustes nas regras e no design do jogo.

“As crianças focaram mais na parte visual, enquanto adolescentes e adultos deram sugestões sobre as perguntas e o desenvolvimento do jogo”, conta Miriam.

Foto: divulgação

Projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura

A proposta do jogo foi contemplada pela seleção de projetos culturais do Fundo Municipal de Cultura (FUNCULTURA), um reconhecimento importante que possibilitou a criação do primeiro protótipo. Agora, Miriam busca financiamento ou parcerias para lançar o jogo em grande escala e distribuí-lo para as escolas públicas de Petrópolis, promovendo-o como uma ferramenta educacional complementar. Quanto ao futuro, Miriam não descarta a possibilidade de expansões e adaptações digitais, mas faz questão de preservar a essência do jogo de tabuleiro.

“Acho que o tabuleiro nos aproxima uns dos outros, e isso é algo que quero cuidar”, conclui.

Miriam Barrutia, que já contribuiu para diversos projetos culturais em Petrópolis, como a revitalização da exposição do Museu Casa do Colono, agora traz uma nova maneira de explorar e valorizar o patrimônio cultural da cidade. Com “Em Busca do Tesouro Escondido”, ela nos convida a redescobrir Petrópolis e, quem sabe, a explorar tesouros escondidos por todo o Brasil.

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