Ambulatório Municipal oferece atendimento especializado para população LGBTQIA+ de Petrópolis
Para receber atendimento, os pacientes devem procurar a unidade que fica na Rua 7 de Abril, 374, no Centro
Uma equipe multiprofissional está garantindo atendimento médico no Ambulatório Municipal Especializado para a população LGBTQIA+, em Petrópolis. As consultas ocorrem na Rua 7 de Abril, 374, no Centro.
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Especializações oferecidas no Ambulatório
A equipe multiprofissional atende pacientes de todas as faixas etárias. Menores de idade somente são acolhidos acompanhados de seus responsáveis legais. São oferecidos atendimentos de enfermagem, psicologia, nutrição, clínica médica e psiquiatria. A unidade esclarece que, no momento, não estão sendo oferecidos exames.
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Marcação e documentação necessária para as consultas
A marcação de consulta pode ser realizada pelo telefone (24) 2248-1249 ou presencialmente no Ambulatório, na Avenida 7 de Abril, 374, no Centro, das 8h às 17h. Para o agendamento é necessário o CPF e comprovante de residência.
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Falta de informação aos serviços de saúde para pessoas LGBTQIA +
Cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros se identificam como pessoas LGBTQIA +, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Desses, 92% relataram violência associada à física e à verbal. Outra questão exposta pela comunidade é o preconceito e a falta de informação nos serviços de saúde, dificultando o acesso a informações adequadas, aconselhamento e serviços preventivos.
Além disso, a escassez de profissionais de saúde treinados em questões relacionadas à diversidade sexual e de gênero contribui para os desafios enfrentados pela comunidade.
Sobre o atendimento no Ambulatório Municipal
A professora de teatro, Thaís Paiva, de 29 anos, procurou atendimento com a equipe multiprofissional, do Centro de Saúde, onde os atendimentos eram realizados, com o desejo de engravidar, junto à sua companheira. A vontade de gerar um filho, antes, nunca havia sido expressada por ela que, até então, não tinha informações sobre qual especialista procurar para o atendimento.
“Eu fui no primeiro atendimento com desejo de engravidar. Depois fui sendo acompanhada por outros motivos relacionados à minha saúde. Fui atendida inicialmente por uma enfermeira que fez uma avaliação completa e depois pela médica da família, que é quem me acompanha até hoje. Nunca falei sobre isso em outro atendimento, nem senti abertura para isso. Não sabia exatamente qual médico procurar”, diz.
Sobre a marcação para a consulta, Thaís diz que não teve muita burocracia e que o atendimento foi rápido, já que acredita que muitas pessoas ainda não sabiam da disponibilidade do serviço.
“Estava no início e acredito que poucas pessoas sabiam ainda dessa possibilidade. Continuo me cuidando lá. Sendo acompanhada pela equipe que olha a saúde como um todo, não só pela questão pontual que eu fui buscar. Essa política é muito importante na equidade em saúde, fez diferença na minha vida e acredito que pode fazer diferença socialmente, porque atinge uma população que necessita muito desse cuidado especializado”, conclui.