Funk Generation, novo álbum da Anitta, conta com três músicas produzidas por petropolitano
Em entrevista à Sou Petrópolis, Pedro Malcher conta sobre o processo criativo e a repercussão do álbum, que teve uma das melhores estreias no Spotify Brasil
No último dia 26 de abril, a cantora Anitta lançou seu novo álbum, intitulado “Funk Generation”. Com 15 faixas, o projeto alcançou 10,7 milhões de reproduções no Spotify em seu primeiro dia, se tornando a terceira maior estreia de um álbum na plataforma. E quem também faz parte de todo este sucesso é o petropolitano Pedro Malcher, que produziu três músicas para o álbum.
Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal
Pedro foi responsável pela faixa “Mil Veces”, que já havia sido lançada em 2023, e pelas inéditas “Puta Cara” e “Meme”. Todas as músicas do álbum estrearam no Top 50 Brasil, playlist do Spotify com as músicas mais escutadas do país. Meme ficou na 25° posição, Puta Cara na 38° e Mil Veces na 47°.
Além de Anitta, o petropolitano também acumula parcerias de sucesso com Marina Sena, Felipe Ret, Sandra de Sá, BK’, Gilberto Gil e o grupo Gilsons, formado pelo filho e netos de Gilberto. À Sou Petrópolis, Pedro contou mais sobre como foi participar do Funk Generation. Confira a entrevista:
Fotos: Arquivo Pessoal
Como surgiu o convite para produzir estas faixas? Lá você já sabia que elas três estariam no Funk Generation?
PM: Foi um convite inusitado. Estava voltando de uma viagem quando recebi uma mensagem do Gabriel do Borel, que na época eu ainda não conhecia pessoalmente, me convidando para participar da criação de novas músicas para a Anitta, em Miami.
A “Mil Veces” foi a primeira que saiu, mas ela foi feita juntamente com Puta Cara e Meme. Neste mesmo dia, fizemos cerca de 10 músicas. Soubemos que Mil Veces entraria no álbum, porque ela logo gravou voz e disse que gostou muito.
Já Puta Cara e Meme fomos saber depois que a Anitta havia gravado voz nas duas, e isso era um indício de que também entrariam no álbum. Foram mais de 70 músicas para a triagem e o álbum foi constituído de 15 músicas, então muitas ficaram de fora.
O álbum está voltado mais para o funk do que para o pop, como ela vinha trabalhando. Mil Veces, assim como outras produções suas são mais voltadas para o pop. Foi um desafio produzir Meme e Puta Cara, por serem mais puxadas para o funk? Ou você já tinha alguma experiência também no gênero?
PM: A Mil Veces tem uma sonoridade mais puxada para o R&B dos anos 2000, um funk melody, então realmente, ela é bem mais pop do que a Meme e Puta Cara, que são mais funk, dançantes, de pista. Eu já havia trabalhado com funk, mas depois que conheci o Gabriel do Borel eu aprendi muito mais e comecei a ter uma nova visão sobre como o que eu fosse produzir de funk deveria soar esteticamente. Antes havia feito muito rap, hip hop, pop e MPB, mas o funk aprendi fazendo.
As três músicas produzidas em sua parceria se diferem entre si mas, ao mesmo tempo, mantém coesão com elas mesmas e com o restante do álbum. Como foi o processo de criá-las? Vocês já produziram elas pensando em como se conectariam com o restante do Funk Generation?
PM: Todas as músicas foram construídas num contexto estético muito específico, ou seja, elas tinham que obedecer algumas especificidades. Porque nesse álbum, Funk Generation, a Anitta queria contemplar todas as vertentes e subgêneros do funk, então cada música foi feita já com essa ideia, de como ela precisaria soar, a qual época do funk ela se adequaria, e aí a coesão entre as três músicas vem um pouco da minha linguagem harmônica.
Como está sendo a repercussão destas três músicas? Você tem alguma previsão de qual das duas inéditas possa fazer mais sucesso ou qual delas é a sua favorita?
PM: A repercussão está sendo bem positiva, já atingimos alguns números substanciais nos streamings e paradas de sucesso. Entramos no Top 50 em várias playlist, inclusive na das mais tocadas no Brasil. Mas não consigo fazer nenhuma previsão de qual música a longo prazo vai ir melhor, porque isso é muito difícil e, normalmente quando tentamos prever uma coisa dessas a gente erra.
O que posso dizer é que as três canções foram feitas com maestria e com muito cuidado para que soassem como únicas e estão aí no mundo. São como três filhas, não sei dizer qual eu gosto mais. O que eu gosto é de fazer parte disso tudo e de estar nessa história.
Fotos: @biazvedo
O trabalho de Pedro pode ser acompanhado no Instagram @pedropedro_. As músicas produzidas por ele podem ser ouvidas nas principais plataformas digitais: