Ferrovia que liga Magé a Petrópolis tem chances de ser reativada? Saiba como está o andamento do projeto
Segundo a Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade Urbana (Setrans), a reconstrução está na fase de contratação do projeto básico
A primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, pode voltar aos trilhos. Isso porque a Lei Orçamentária do Estado para 2024 reserva R$ 59 milhões para iniciar o projeto, que é desenvolvido pela Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade Urbana (Setrans).
Foto: Marco Paulo
Segundo o órgão, a reconstrução está na fase de contratação do projeto básico. O objetivo é promover a conexão com a rede ferroviária operante na região, na Vila Inhomirim, em Magé, até o Alto da Serra, em Petrópolis.
A ligação representará uma nova alternativa de mobilidade para moradores da serra, além de recuperar a importância histórica do local e atrair visitantes.
A expectativa é de que com a restauração do trecho de 6,1 km mais de 500 mil pessoas sejam transportadas anualmente a um custo menor do que o transporte por ônibus.
Foto: Marco Paulo
História
A recuperação da ferrovia coincide com as comemorações pelos 140 anos de sua inauguração, em 19 de fevereiro de 1883, pelo então Imperador D. Pedro II.
Na época, o meio de transporte foi saudado pela eficiência e o encurtamento da viagem entre capital e Petrópolis, que levava cerca de duas horas. E assim foi durante 81 anos até que, em novembro de 1964, a cremalheira realizou sua última viagem, pois foi considerada antieconômica, num momento em que o Brasil entrava na época da expansão das rodovias.
Foto: Acervo Museu Imperial – Marco Paulo
Um dos relatos históricos do modelo eficiente e rápido de transporte é do emblemático 13 de maio de 1888. A ferrovia possibilitou que a Princesa Isabel almoçasse com os filhos às 9h, em Petrópolis, e se dirigisse para o Paço Imperial no Centro do Rio por volta das 14h, assinando a Lei Áurea e estando de volta à Cidade Imperial no entardecer da mesma data.
A reconstrução do trecho tem um prazo de execução de 18 meses. A Central de Logística da Secretaria estadual de Transportes ainda avalia se a obra será uma concessão ou parceria público-privada.