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Censo 2022: Petrópolis tem a segunda população mais envelhecida da Região Serrana

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Censo 2022: Petrópolis tem a segunda população mais envelhecida da Região Serrana

Índice de envelhecimento da cidade é de 92,21. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população de um município

Uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) aponta que a Região Serrana do Rio de Janeiro concentra a maior proporção de idosos do Brasil. Mas, dos 14 municípios que compõem a região, qual teria a população mais envelhecida? De acordo com os novos dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Petrópolis ocupa a segunda posição no ranking.

Foto: Henry Kappaun

Índice de envelhecimento

O chamado “índice de envelhecimento” calcula a quantidade de pessoas com 65 anos de idade ou mais em relação à população de 0 a 14. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. No caso de Petrópolis, este índice chegou a 92,91 em 2022.

Isto significa que, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos na cidade, existem quase 93 pessoas com 65 anos ou mais. O número apresentado é bem alto, visto que a média nacional é de 55,2.

“Uma possível explicação para esse fenômeno é o deslocamento de pessoas em idade economicamente ativa para as maiores cidades em busca de emprego, educação e serviços. Esse deslocamento de pessoas adultas com seus filhos é predominantemente de pessoas em idade reprodutiva, o que também resultará em um menor número de crianças e nascimentos nas cidades menores, de origem”, explica Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE.

Ranking Região Serrana

De todos os 14 municípios que compõem atualmente a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis ocupa a segunda colocação no ranking com os maiores índices de envelhecimento, perdendo apenas para Santa Maria Madalena. Confira:

1° Santa Maria Madalena – 97,06
2° Petrópolis – 92,91
3° Nova Friburgo – 92,58
4° São Sebastião do Alto – 85,11
5° Carmo – 84,48
6° Trajano de Moraes – 84,21
7° Cordeiro – 81,02
8° Cantagalo – 80,15
9° Teresópolis – 76,96
10° Bom Jardim – 72,12
11° Duas Barras – 70,5
12° Macuco – 70,39
13° Sumidouro – 56,81
14° São José do Vale do Rio Preto – 56,67

Foto: Henry Kappaun

Dados nacionais

Em 1980, o Brasil tinha 4% da população com 65 anos ou mais de idade, já em 2022, alcançou 10,9%, maior percentual encontrado nos Censos Demográficos. No outro extremo da pirâmide etária, o percentual de crianças de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, passou a 19,8% em 2022.

“Quando falamos de envelhecimento populacional, é exatamente a redução da proporção da população mais jovem em detrimento do aumento da população mais velha”, destaca Izabel.

Idade mediana

Outro indicador, o de idade mediana, divide a população entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos. No Brasil, de 2010 para 2022, a idade mediana subiu de 29 anos para 35 anos, evidenciando o envelhecimento da população. No último ano, este índice chegou a 39 em Petrópolis.

“Quando olhamos para as unidades da federação, não só a queda da fecundidade irá alterar essa idade mediana, mas podemos ter um efeito também de migração, com o recebimento de pessoas de um determinado grupo etário em certos estados, principalmente dos jovens adultos, assim como naqueles estados de onde os migrantes saem. Esses fatores também impactam e ajudam a entender a idade mediana observada nas UFs e nos municípios”, esclarece a pesquisadora.

Foto: Serra Drone

Melhores cidades para envelhecer

Outro fator que pode explicar o alto índice de envelhecimento em Petrópolis é que a cidade é considerada uma das melhores para a terceira idade em todo o país. Um estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, em 2020, aponta que Petrópolis é a 20ª melhor cidade para envelhecer do país. Foram analisadas as condições de vida dos idosos de 876 municípios mais populosos do Brasil.

O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência.

Em Petrópolis, que tem cerca de 42 mil idosos (15,3% da população do município), os indicadores com média mais baixas foram saúde (48,7) e finanças (47,9), enquanto bem-estar teve a média mais alta (75,7). Quanto mais próximo do 100 melhor o resultado obtido.

Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

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