Petropolitano é o novo integrante da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
Gabriel Severiano tem 18 anos e participou de diversos projetos sociais na cidade
O petropolitano Gabriel Severiano Nascimento, de 18 anos, conquistou uma vaga na Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, projeto referência para novos talentos da música clássica. Para integrar a nova formação, o jovem teve que passar por testes até a aprovação.
Foto: Arquivo pessoal
Início
Estudante de Licenciatura em Música, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a história de Gabriel com a música começou aos nove anos, em um projeto social em Petrópolis.
“Comecei tocando viola no projeto ‘Ação Social pela Música no Brasil’, onde permaneci por um ano”, conta.
Aluno da rede pública no município e tendo que conciliar os horários dos estudos com a orquestra, Gabriel teve que se afastar da música por dois anos. O que não fez com que ele desistisse do seu sonho.
”Os horários não conciliavam. Aí tive que dar um tempo na música para estudar. Mas nunca pensei em desistir. Após esse período, estudava na parte da manhã e ia para a orquestra à tarde. Aí voltei tocando na Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí (Fiocruz). Também participei durante um ano do projeto ‘Instituto Levando Música’, entre outros grupos e formações”.
Participação em orquestras
Dedicado, o sonho de infância de Gabriel já o levou a importantes apresentações em Petrópolis e no Rio de Janeiro, proporcionando experiências com outros músicos.
Foto: Arquivo pessoal
“Na cidade, durante esses anos, toquei no Natal imperial. No Rio, tive a oportunidade de tocar no CCBB e no Boulevard. Ano passado, participei do Festival das Orquestras Sociais, no palco principal do Theatro Municipal. Na UNIRIO tive aulas de instrumentos e ensaios, que foi uma oportunidade de um intercâmbio entre diversas pessoas de vários projetos diferentes”, comenta o músico.
Conquista da vaga na Orquestra
A informação da seleção para a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem veio por meio de um amigo. A conquista pela vaga foi pelo talento do jovem tocando o instrumento viola de arco.
“Foram duas etapas. Ocorreu uma pré-seleção em que eu deveria enviar um vídeo tocando uma das quatro músicas solicitada pela orquestra. A etapa seguinte foi a audição presencial, na Cidade das Artes, onde eu tive que tocar essa mesma música e mais trechos da orquestra”, comenta.
Gabriel teve que aguardar uma semana para o resultado final. “Foi uma sensação absurdamente boa. Confesso que estava com poucas expectativas. No dia que fui chamado fiquei mega emocionado e feliz”.
Incentivo da família
O único a seguir a carreira da música, Gabriel sempre teve o apoio dos familiares. Agora o jovem, que reside no Rio por causa da faculdade, já planeja o seu futuro.
“Sempre tive o incentivo da minha família. Mesmo que na época ela não tivesse uma ‘visão’ de até onde eu conseguiria chegar ou o que eu poderia conquistar com a música. Agora, pretendo focar bastante nos meus estudos e, assim que puder, tocar em uma orquestra profissional”, finaliza o músico.