Você sabia que existe uma lei federal para proteger as capivaras?
Caça, captura, abate e coleta dos animais são proibidos desde janeiro de 1967
Famosas pela tranquilidade e graciosidade, as capivaras já fazem parte da rotina do petropolitano, principalmente nas áreas urbanas da cidade. Os registros dos encontros com os maiores roedores do mundo podem ser vistos diariamente em redes sociais, com destaque para as margens da Barão do Rio Branco, local preferido desses animais.
Foto: Arquivo/Sou Petrópolis
Consideradas como um “símbolo” local pela população, as capivaras, que vivem em grupos de 10 a 30 indivíduos, são protegidos por uma lei federal desde 1967, o que proíbe a caça e a domesticação do roedor.
Legislação em Petrópolis
Apesar de não ter uma lei municipal que as proteja, as capivaras estão incluídas na Lei 5.197, de 3 de janeiro de 1967, que garante a sobrevivência da fauna brasileira. Nela, estão proibidas a caça, captura, coleta e o abate das capivaras, além do transporte e a venda.
Foto: Monique Rodrigues
Habitat Natural
As capivaras podem sem encontradas em quase todo o território nacional. Em Petrópolis, os roedores habitam as margens dos rios e encostas, ambiente ideal para a reprodução e desenvolvimento da espécie. Durante o dia, os animais permanecem dentro da água, saindo para se alimentar na parte da manhã e do fim da tarde, momentos em que os motoristas precisam ter atenção redobrada para evitar qualquer acidente.
Foto: Marinna Tavares
Animais pacíficos
Apesar de pacíficas, a recomendação é de que a população não se aproxime das capivaras. No período reprodutivo, os machos ficam agressivos e podem acabar mordendo e transmitindo parasitas causadores de doenças. Mesmo assim, não existem relatos de ataques do roedor em Petrópolis e nem mesmo notícias sobre a transmissão de doenças.
Atualmente, a maior preocupação dos especialistas é em relação a superpopulação dos animais, que podem viver até 15 anos. O aumento do número de capivaras se deve ao desaparecimento de seus predadores naturais, como jacarés e jaguatiricas, que não se adaptam ao ambiente urbano.
Caça ilegal em Petrópolis
Vítimas da caça ilegal, as capivaras chegam a pesar cerca de 60 kg, o que atrai os caçadores e consumidores de “carne exótica”, que pode ser vendida por até R$ 200 (kg) no mercado clandestino. As denúncias sobre a caça podem ser feitas ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pelo número (21) 2253-1177, e a Coordenadoria de Bem Estar Animal de Petrópolis (Cobea), pelo número (24) 2291-1505.
Projeto Capi
Presentes no ecossistema e no cotidiano de Petrópolis, as populações de capivaras são o tema central do Projeto Capi. Desenvolvido por acadêmicos, profissionais e professores dos cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da Universidade Estácio de Sá – Campus Petrópolis, o trabalho foi iniciado em 2020 e constitui no monitoramento dos animais a partir de contribuições da população. Até o momento, foram recebidos 86 registros.