ICMBio analisa possível aparição da única onça-parda com leucismo do mundo em Petrópolis
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o que pode ser o animal na região de Nogueira
A única onça-parda com leucismo já registrada em todo o mundo é vista esporadicamente em Petrópolis desde 2011, com aparições no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO). Nesta última quinta-feira (30), imagens gravadas por moradores da região de Nogueira indicam o que pode ser uma nova aparição do animal.
Foto: ICMBio/Monitora/Cronemberger et al 2018
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a equipe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Serra Fluminense, responsável pela gestão da área, contactou o morador que gravou o vídeo e fez buscas com drones pela manhã e no final da tarde (horário que o animal costuma ser mais ativo) e a onça não foi vista.
O vídeo não é conclusivo para determinar se se trata de uma onça-parda branca ou se sequer é uma onça. No entanto, o ICMBio não descarta que o animal mostrado seja a mesma onça parda com leucismo encontrada no PARNASO/APA Petrópolis desde 2011. O órgão segue realizando monitoramentos.
Confira o registro:
Animal raro
“Ressaltamos ainda que, se for confirmado que se trata da onça parda leucística, este é um animal único no mundo, não tendo sido avistado nenhum outro com a mesma condição. Sua existência revolucionou um pensamento que os biólogos tinham de animais leucísticos (até seu avistamente, acreditava-se que existiam apenas leões e tigres brancos). Portanto, reforça ainda mais a importância de que este espécime seja conservado”, completou o ICMBio.
Foto: ICMBio/Monitora/Cronemberger et al 2018
Cuidados
De acordo com o Instituto, a presença de onças-pardas é normal na região e até mesmo um bom indicativo de que o meio ambiente está conservado. Por regra, esta espécie é inofensiva a seres humanos, só atacando quando se sente com medo, acuada ou protegendo filhotes.
O ICMBio orienta aos moradores que recolham os animais domésticos (especialmente galinhas, cabritos, bezerros, cachorros e gatos), especialmente ao entardecer/amanhecer, trancar estes animais em locais protegidos (telados) e não tentar se aproximar, acuar ou ameaçar o animal caso seja avistado.