14 profissões extintas ou raras de se ver em Petrópolis
Entregador de leite, amolador de facas, fotógrafo lambe-lambe, vendedor de enciclopédias e mais!
Matéria atualizada no dia 31 de outubro de 2023
Muito se fala sobre as profissões que, dadas as transformações na tecnologia, são tendência para o futuro, mas olhando para trás é possível apontar uma série de ocupações extintas ou dificilmente vistas hoje em Petrópolis. Prontos para caminhar por lembranças do passado na Cidade Imperial?
Profissões extintas
1- Escola datilografia
Foto: reprodução internet
Bem diferente dos atuais tempos, dos dedos silenciosos nos aparelhos digitais, nada lembram os velhos tempos das máquinas de escrever. Entre os anos 1930 e 1960, cursar uma escola de datilografia era qualificação fundamental para os jovens que tinham a intenção de entrar no mercado de trabalho após terminar o curso médio.
2- Entregador de leite
Há cerca de 60 anos, ainda era possível avistar nas ruas de Petrópolis vendedores de leite (ou então de pão) como o da foto. Com suas carroças, eles iam de casa em casa realizar as vendas dos produtos frescos. Na imagem, o menino aparece na atual Rua Marechal Deodoro, em frente à antiga Padaria das Famílias.
Leia também: Padaria das Famílias: tradição sobre rodas
Foto: Museu Imperial/Ibram/MinC
3- Limpador de chaminé
Muitas vezes de aparência simples, os limpadores de chaminé, como o registrado em foto extraída do acervo do Museu Imperial, eram acionados com frequência na cidade. Para evitar obstruções nas chaminés e, portanto, o risco de incêndios, eles faziam a raspagem do acúmulo de fuligem nas paredes da estrutura.
Leia também: De limpador de chaminé a vendedor de jornais: conheça o cotidiano da Petrópolis de antigamente por fotos
Foto: Museu Imperial/Ibram/MinC via @petropolisoblentes
4- Fotógrafo lambe-lambe
Dependendo da sua idade, você vai se lembrar da presença de fotógrafos lambe-lambe na Praça da Liberdade. Presentes a partir do século XIX em espaços públicos, eles desempenharam um papel importante na popularização da fotografia, que era impressa de maneira instantânea em seus equipamentos.
Foto ilustrativa: Reprodução/Estadão
5- Técnicos em manutenção ferroviária
Com a extinção das estações ferroviárias em Petrópolis, foram extintas também as figuras dos maquinistas e técnicos em manutenção dos trilhos e equipamentos usados. Na imagem abaixo, aparecem as oficinas de reparo que costumavam estar sediadas no Alto da Serra – daí, inclusive, o nome Morro da Oficina.
Foto: Museu Imperial/Ibram/MinC
6- Telefonista
Como nas séries e filmes, Petrópolis também contou com a presença de telefonistas no período das centrais telefônicas. Intermediadas por elas, as ligações eram transferidas para a pessoa com quem o usuário tinha interesse em falar. A partir dos anos 60, os telefonemas se tornaram diretos.
Foto: Reprodução/Soul Retrô
7- Vendedor de enciclopédia
Praticamente inimaginável numa era em que a internet oferece uma infinidade de opções, antigamente um profissional que batia de porta em porta era o vendedor de enciclopédia – um conjunto de livros que reuniam informações sobre assuntos diversos e que eram a principal fonte de conhecimento da época.
Foto: Reprodução/Vagas de Emprego
8- Cocheiros
Os profissionais eram responsáveis por mostrar aos turistas a cidade, em um passeio lento nas charretes puxadas pelos cavalos. A profissão foi extinta em 2018, quando em um plebiscito a atividade foi extinta..
Foto: reprodução Flickr – Jana Cunha
9- Amolador de facas itinerante
A figura do amolador itinerante, que percorria as ruas dos bairros com seu equipamento de trabalho está praticamente extinta. É raro ver-se, ou até não se vê mais, o tradicional amolador batendo deporta em porta em busca de clientes.
Foto: reprodução internet
Raros de se ver
10- Engraxate
A Sou Petrópolis produziu uma reportagem com o Joel – o último engraxate que ainda detém uma cadeira no Terminal Rodoviário do Centro. Rara de ser vista cidade afora, a profissão preserva uma atividade que cultiva boas amizades e a essência do bom atendimento.
Leia também: Conheça o Joel, único engraxate remanescente do Centro de Petrópolis
Foto: Ronan Rampini
11- Alfaiate
Em uma cidade com uma imigração expressiva de italianos, houve uma época em que o comércio petropolitano era habitado por diversos alfaiates renomados. Com a exportação de mercadorias mais baratas ao Brasil – ainda que não com a mesma qualidade – o ofício se tornou cada vez mais difícil de ser visto.
Foto ilustrativa: Reprodução/O Município
12- Ascensorista
Dedicados à operação de elevadores, os ascensoristas foram marcantes na vida cotidiana de Petrópolis. Responsáveis não apenas por operar e verificar o funcionamento dos dispositivos, eles também se tornaram grandes figuras amigas na cidade. De uns tempos para cá, muitos condomínios optaram por remover a função de seu quadro.
Foto ilustrativa: Reprodução/4oito
13- Locadoras de filmes
Febre até meados dos anos 2000, as locadoras foram impactadas diretamente pela ascensão dos serviços de streaming. Hoje, Petrópolis ainda preserva a Toca do Vídeo no Centro – alvo sobretudo daqueles que valorizam e apreciam o processo de escolha dos títulos e troca de opinião com o proprietário do estabelecimento.
Saiba mais: Toca do Vídeo: a locadora que resistiu aos gigantes do streaming e continua a contar e escrever história
Foto: Divulgação/Jhony Muller
14- Conserto de guarda chuva
Apesar da avalanche de peças vindas do país asiático a preços baixos e vendidas em qualquer esquina, ainda é possível encontrar lugares com as costureiras que ainda fazem o serviço na cidade.