Você sabia que a dubladora da Mulher Elástica, da animação Os Incríveis, é petropolitana?

Incrível não somente no nome de uma das personagens a quem deu voz e pela qual recebeu o Oscar de Dublagem, em 2005, a dubladora petropolitana Marcia Coutinho também fascina e emociona por seu talento. Nascida há 51 anos, mas atuante na dublagem há tempo suficiente para ter dado vida a tantos personagens que sua história se entrelaça com a deles, Marcia já interpretou de super-heroínas a agentes secretas e, em sua atuação, de fato se revela uma Sra. Incrível – potente por sua voz e elástica pela versatilidade com que trabalha.

Fotos: Reprodução/Internet – Divulgação

Com passagens pelo Coral Contraponto, Coral Municipal de Petrópolis e Coral da UCP, Marcia explica que seu envolvimento com a dublagem teve início graças a seu irmão. Ex-Canarinho, Marcelo Coutinho foi, durante anos, diretor musical da Disney. Sabendo do gosto de Márcia pelo canto, ele a convidou a fazer parte da produção Natal dos Muppets, de 1992. Servidora pública à época, a petropolitana conciliou durante quase uma década a atuação artística com seu trabalho na cidade, até que, em 2001, passou a se dedicar inteiramente à dublagem.

Na imagem, Marcia e o irmão Marcelo. Foto: Divulgação

A princípio atuante somente em papeis que demandavam o canto, Marcia cursou teatro e, em 2002, abriu uma nova porta na dublagem: a falada. Pouco tempo depois, estrelou dois dos papeis pelos quais se tornou mais conhecida: a Mulher Elástica, da animação Os Incríveis – vivida por ela em 2004 e também na sequência de 2018; além da Fada Madrinha, de Shrek. Emblemáticos, eles representam os esforços depositados pela dubladora na transição de carreira que veio acompanhada de inúmeras transformações em diferentes aspectos de sua vida.

“Não foi fácil dar essa virada. Deixar de ser funcionária pública, sair de Petrópolis. Eu tinha uma filha pequena e estava me separando. Aconteceu tudo junto”. Jornada trilhada por ela ao lado de amigos e incentivadores – um deles o maestro Gilberto Bittencourt, descrito por Marcia como o primeiro fora de sua casa a acreditar nela como artista – a dublagem tem sido um presente que lhe permite adentrar lares, contar e perpetuar histórias, sendo as principais delas as trajetórias de vida dos brasileiros, intimamente impactadas por dezenas de personagens e produções.

Foto: Divulgação

“A voz entra nas casas das pessoas. Eu já acreditava muito no poder dela porque tenho em mim registros de vozes que mexeram comigo na infância. Não me sinto trabalhando. Me sinto realizada”. Com trabalhos em animações, séries, novelas, filmes e animes, Marcia deu voz a Garnet, em Steven Universo; Karen Weeler, em Stranger Things; Darcy em Clube das Winx; Gwen em Drama Total; Mamãe Pig em Peppa Pig; Tia Polly em Peaky Blinders; Bridget em Trolls; Trinity em Matrix; Maria Hill na Marvel e Nana em Sing para citar somente alguns papeis.

Fotos: Reprodução/Internet

Constantemente desafiada, independente do tempo de atuação na área, Marcia diz que se sente realizada pelas demonstrações de carinho do dia a dia e pela alegria em realizar o que ama. Ela menciona, por exemplo, o dia em que foi ao cinema conferir a sequência de Os Incríveis, lançado 14 anos depois do primeiro filme. “Eu fui sozinha e, no final, todo mundo ficou de pé e aplaudiu. Olhei para os jovens e enxerguei as crianças que ficaram 14 anos esperando o segundo filme. A criança que adorou a sequência. Ele estavam ali felizes”, recorda.

Recentemente envolvida em uma produção que lhe permitiu viver um de seus sonhos enquanto dubladora – o de ser uma vilã – Marcia comprova um dos pensamentos de Os Incríveis que diz que “nem todo super-herói tem superpoderes” ainda que sua voz, certamente, seja um. A listagem completa de papeis vividos por Marcia pode ser conferido clicando aqui. Seu trabalho, por sua vez, pode ser acompanhado pelo perfil no Instagram @marciacoutinhooficial, em que semanalmente tem sido postadas atuações da dubladora.

Foto: Divulgação

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