Dia do Professor: conheça a Tia Mariah, professora de Petrópolis que há 35 anos se reinventa para ensinar de forma lúdica
Maria de Lourdes Fernandes dos Santos representa a resiliência e a dedicação dos professores na formação de seus alunos, ainda que, muitas vezes, não sejam valorizados
Ser professor, por vezes, vai além do ato de ensinar. É uma profissão que exige carinho, cuidado e atenção, e que tem o poder de transformar a vida de uma pessoa. Neste Dia do Professor, conheça Maria de Lourdes Fernandes dos Santos, de 53 anos, mais conhecida como Tia Mariah, que utiliza a criatividade e ludicidade para facilitar a vida de centenas de pequenos que passaram por ela durante seus 35 anos de profissão.
Foto: Arquivo Pessoal
Desde muito nova Maria já sabia que seria professora. Começou a lecionar aos 14 anos, em seu primeiro estágio e emprego. De lá pra cá, a docente já passou por quase uma dezena de instituições.
“Aos cinco anos eu já falava que ia ser professora. É a minha paixão. Tenho certeza que já nasci professora. É um dom que às vezes até eu mesma me questiono o porquê de tanta dedicação à profissão. Já vivi muitas histórias em escolas municipais e privadas e tenho a certeza que marquei positivamente a infância dos meus alunos”, declara.
Foto: Arquivo Pessoal
Ludicidade e resiliência
Além de professora, Maria também é contadora de histórias e usa desse ofício para trabalhar atividades lúdicas com os alunos. Um exemplo é a ‘Vila do Charlie’, criada durante a pandemia para ensinar as dezenas aos alunos.
“Pensei muito para criar esta aula. Até porque, eu precisava manter a concentração dos alunos. Surgiu a ideia de construir essa história, onde consegui inserir as disciplinas de Linguagem, Matemática, Natureza e Sociedade”, explica.
Foto: Arquivo Pessoal
Com essa atividade, os alunos enumeram as casas da Vila do Charlie e aprendem sobre as centenas, dezenas e unidades de forma fácil. Maria também se veste de diversos personagens e insere atividades de musicalização em suas aulas, além de diversos outros projetos.
“O professor não pode parar no tempo. Tem que se reinventar todos os dias. Todo professor precisa entrar na sala de aula como se aquele fosse o primeiro dia da sua profissão. É assim que eu acordo todos os dias. Uma criança precisa se sentir segura dentro do ambiente escolar e acreditar sempre que ela é capaz. Através da ludicidade, eu consigo motivá-las a aprenderem o conteúdo do dia”, ressalta.
Foto: Arquivo Pessoal
Homenagem pela dedicação
Por todos esses anos dedicados à educação, Tia Mariah foi homenageada em 2017 pelo Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região, junto com a Academia Petropolitana de Educação. Recentemente, também foi agraciada pelo trabalho durante a pandemia.
“Me coloquei à disposição, não só de ensinar para os alunos, mas sim de criar uma parceria com as famílias. Não foi fácil, mas neste ano estou colhendo os frutos e vendo meus alunos alfabetizados”, finaliza.
Foto: Arquivo Pessoal
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