Conheça o Projeto Capi: com apoio da população, iniciativa monitora populações de capivaras em Petrópolis
Projeto de extensão é realizado pelo Grupo de Estudos de Animais Silvestres da Universidade Estácio de Sá de Petrópolis
Presentes no ecossistema e no cotidiano de Petrópolis, as populações de capivaras são o tema central do Projeto Capi. Desenvolvido por acadêmicos, profissionais e professores dos cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da Universidade Estácio de Sá – Campus Petrópolis, o projeto foi iniciado em 2020 e constitui no monitoramento dos animais a partir de contribuições da população. Até o momento, foram recebidos 86 registros.
Foto: Bruno Soares
Pautado pelo conceito de cidadão cientista, o Projeto Capi funciona em sintonia com os moradores, que são convidados a dividirem com os pesquisadores seus registros de capivaras na cidade. Graças a essa integração, já foram mapeadas populações de capivara nas imediações do Quitandinha, Centro, Morin, Posse, Araras, Bingen, Itaipava, Nogueira, Correas, Vale do Cuiabá, Itamarati e Cascatinha.
Foto: Divulgação
Coordenadora do grupo, a professora Andresa Guimarães explica que o projeto surgiu a partir da observação de veterinários e da própria população acerca da presença crescente do animal no município. Fortalecida após as chuvas de fevereiro – momento em que muitos relataram ter notado a diminuição das capivaras – a ideia tem ganhado cada vez mais adeptos, que possibilitam a realização de ações de divulgação de dados e alertas.
Foto: Marinna Tavares
“A adesão tem acontecido por diversos setores da população: amigos veterinários, alunos, aposentados, pessoas que ficaram sabendo e querem contribuir. A ciência cidadã tem essa ideia mesmo: que a população participe, se envolva na questão e atue como um pesquisador também”. Graças ao abastecimento dos dados, os alunos do projeto de extensão têm sido capazes de escrever resumos acerca da temática e apresentá-los em congressos – alguns nacionais.
Entre as observações feitas pelo grupo estão o deslocamento das populações de capivaras no período das chuvas, bem como as situações de risco a que os animais estão sujeitos – alguns avistados próximo ao lixo ou então vítimas de acidentes de trânsito. “É importante a gente alertar a população quanto à presença desses animais, os riscos que eles sofrem e que eles também têm seu papel ecológico dentro do ecossistema que habitam”, frisa Andresa.
Foto: Arquivo/Sou Petrópolis
Com a proposta inicial de ser realizado até fevereiro de 2023, os pesquisadores demonstram a intenção de dar continuidade à iniciativa que hoje conta com colaboradores fieis. “Criamos até um projeto de benefícios. Aquele que envia mais registros durante o mês é presenteado com uma caneca do projeto. Nas nossas redes sociais nós também divulgamos as fotos e relatos que recebemos como forma de agradecimento”, explica a coordenadora.
Confira, abaixo, como se tornar um colaborador do Projeto Capi – @geasunesapetropolis. A intenção do Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UNESA Petrópolis é, no futuro, aumentar a abrangência da divulgação e aproveitamento dos dados a partir da realização de workshops em áreas públicas, parcerias com órgãos públicos e o próprio atendimento veterinário às populações de capivara do município.
Foto: Divulgação
Veja também:
- Entre os dias 16 e 24, Petrópolis sedia Jornada da Inclusão com palestra, workshop e atividades gratuitas
- Serra Serata: festa da cultura italiana começa nesta quinta em Petrópolis; veja a programação
- 11 eventos para curtir em Petrópolis em setembro
- Petrópolis Bike Day acontece neste domingo no Centro Histórico