Saiba como prevenir a varíola dos macacos que já teve primeiro caso registrado em Teresópolis
Orientação de especialistas é adotar as mesmas medidas sanitárias da Covid-19, como uso de máscaras e de álcool em gel
A varíola dos macacos foi registrada nesta semana em Teresópolis, cidade vizinha a Petrópolis. Com o avanço da doença, especialistas falam sobre como preveni-la.
Foto: Dado Ruvic/Reuters
Segundo Luiz Weber-Bandeira, imunologista/alergista e docente do IDOMED, a transmissão para humanos ocorre por meio do contato com o animal, com humano infectado ou com material corporal humano com o vírus. Portanto, contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados ajudam a transmissão.
Sintomas
Ele explica ainda que a varíola dos macacos não é uma doença nova e afirma que as lesões se iniciam pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo e genital, formando erupções cutâneas e bolhas com pus.
A transmissão só termina quando a crosta desaparece. Além das lesões, a doença gera sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
“É importante ficar atento aos sintomas e às lesões, que começam no rosto. O isolamento deve ser imediato, assim como o mapeamento das pessoas que tiveram contato com o doente. A liberação do paciente só pode acontecer após o desaparecimento das lesões”, diz.
Prevenção
Médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), José Henrique Castrioto diz que, para prevenir a doença, a orientação é ter os mesmos cuidados que são recomendados contra a Covid-19, como o uso de máscara e higienização das mãos com álcool em gel.
Ele diz ainda que o aumento do número de casos da doença no Brasil é preocupante e que, apesar de geralmente não levar a casos graves, é necessário que o paciente se isole até que a última crosta cicatrize já que há transmissão também por meio das lesões.